
Dois dias para recarregar as baterias...
No Fronteiras do Pensamento de segunda-feira, momento interessante com o sociólogo paquistanês Tariq Modood.
Encontro mais acadêmico, onde foram abordados temas como multiculturalismo e as políticas do racismo que a Europa está se vendo às tontas:
o que fazer com os imigrantes e suas culturas tão diferentes?
Milhares de africanos, asiáticos e brancos do leste invadem diariamente os países ricos, aliás, vamu combiná: os países colonizadores do passado.
E adivinhem?
Muçulmanos na sua maioria esmagadora.
A gente sabe que o povo se borra de medo deles e vêem em cada, um potencial terrorista. Hoje são 1,2 bilhões de muçulmanos no planeta, só no Brasil cerca de um milhão. E aquela submissão a Alá: 5 vezes por dia voltam-se para Meca, ajoelham e oram.
Enquanto isso, a ignorância ocidental prevê um radicalista em cada muçulmano.
Como se todo alemão fosse cabeça-duro e evangélico, cada italiano amante de carro, de velocidade e católico, e cada judeu pão-duro e protegido pela mãe.
No fundo, no fundo, o problema é Deus e o sentido de culpa.
Talvez, devêssemos nos inspirar em Deus para fazer o bem e cada um tratar de cuidar de sua vida sem meter o bedelho no território e na mulher alheia.
E olhar para o meio-ambiente, claro!
Entre outras coisas, o prof. Tariq disse que a Holanda, a Suécia e a Grã-Bretanha são os países que melhor desenvolveram políticas para integrar os imigrantes, respeitando suas culturas. Afff, a xenofobia continua crescente e alarmante do outro lado do Atlântico. E nos States, óbvio.
O segundo palestrante, o filósofo Sylvère Lotringer, com domínio absoluto do assunto discorreu sobre a contemporaneidade, semiótica, o consumismo e o que estamos fazendo com nossa sociedade.
Fiquei encantada:
“O mundo está ficando cada vez menor e nós estamos um em cima do outro. Precisamos negociar nossa convivência.”
Estamos deixando de ser indivíduos para ser “díviduos”: criaturas intercambiáveis via internet. Temos acesso a tudo e a todos no mundo, mas vivemos “congelados” na cadeira, assistindo. E não interferindo.
“Já somos outra espécie de humanidade, aquela que conseguiu destruir e contaminar o meio ambiente em menos de 50 anos.
Daqui há 200 anos (quanto otimismo...) nossos descendentes perguntarão:
por que vocês (nós!) não evitaram isso?”
Essas reflexões me deram certeza de que a sociedade (universidade, escolas, a mídia, alternativa ou não, instituições) deve fazer sua parte:
denunciar e cobrar.
E não esperar que os alienados digam que não faz mal nenhum derrubar árvores por aí, poluir os rios e lagoas, plantar eucalipto...
E, cá entre nós, se os professores estão realmente ensinando isso nas escolas, aí estamos ferrados mesmo.
Se você pinta
ResponderExcluirSe você borda
Se você canta
Ou só rebola
Tem a obrigação de fazer disso uma arma!
A minha metralhadora é o meu violão!
Não precisa polvora pra fazer luta armada!
A arte é tiro certeiro no coração!