segunda-feira, 13 de maio de 2013

VARAL DA ABOLIÇÃO

“Pecar pelo silêncio,
quando se deveria protestar,
transforma homens em covardes.”

Abraham Lincoln


CLUBE DO CINEMA 


Hoje à noite,  no Centro Cultural Dr. Wilson Dewes, em Lajeado,  exibição do filme  “Os Famosos e os Duendes da Morte”.

Em seguida bate-papo com o escritor e ator Ismael Caneppele.

Às 19h15m.

Ingressos: R$ 10 e estudantes , R$ 5.

 125 ANOS DE LIBERDADE?
 Dia 13 de maio de 1888 assinaram a Lei Áurea, acabando com o direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, encerrando a escravidão no Brasil. Como pode, né? Durante quatrocentos anos, milhões de negros foram traficados para o país. Milhares morriam na travessia. O cinema nacional ainda não contou essa história...

 Assisti ao filme Lincoln sobre a persistência do ex-presidente dos Estados Unidos para abolir a escravatura no país e por fim a guerra da Secessão.  Cruzes, quanta batalha para promulgar a lei. Conseguiram, sob um manto de sangue e falcatruas, compra de votos, conchavos e traições. No Brasil não foi diferente. Ou foi? Não lembro mais das aulas do querido professor Haetinger - mas lembro dele e é o que importa. 

Então, olha só,  descubro que nessa cidade bege que é Lajeado, não há  uma rua, sequer uma travessa, para homenagear o dia da libertação dos escravos. Não acreditei e liguei para o correio. Atendeu João Bravo que confirmou. “Não existe mesmo".
Mas, por que uma cidade de origem alemã como a nossa, com tantos vereadores competentes,  homenagearia os negros? É porque aqui ainda se tem saudades do açoite. E como eles não podem extravasar seu ódio e preconceito nas costas negras, concluo que descontam nas arvores. Que Exu os castigue.

Em tempo: Estrela e Arroio do Meio nomearam ruas de 13 de Maio.  Será que também lembraram de comemorar hoje os 125 anos do fim da escravatura?

ATUALIZANDO...


Trocando emails com o prof. Schierholt, lembra ele que a cidade deveria homenagear o dia 20 de Novembro: “Dia da Consciência Negra, pois, 13 de Maio não libertou ninguém. Racismo se combate na prática, como convidá-lo sentar à mesa...”

Lajeado homenageou dois outros nomes, escreve  Schierholt:
“Nem tanta omissão, pois, temos dois nomes de ruas que lembram negros/escravos. Bezerra de Menezes, nome de rua no Bairro Moinhos. É uma travessa, a antiga Rua “1” do Núcleo Residencial Hugo Oscar Spohr e a rua Zumbi, no Bairro Santo Antônio. Antiga Rua “B”, hoje com quatro quadras de extensão, ligando a Rua Souza Júnior à Rua Eugênia Christ. A denominação quer homenagear o chefe do quilombo dos Palmares.


ARTE DE RUA



IMPOSTURAS

EMAIL INSPIRADOR

@ “Estou mandando um link de uma reportagem sobre a implementação das ciclovias em algumas ruas de Nova Iorque e o seu impacto sobre as vendas e ao trânsito do local.  Ao contrário do que os comerciantes supunham o movimento das lojas cresceu em até 49% pela humanização do espaço público.

Se até no berço da sociedade do automóvel as coisas estão mudando, quem sabe nós chegaremos lá um dia!" Carlos F. Kieling

"Um estudo recente em Nova Iorque mostrou que ruas com ciclofaixas protegidas têm um aumento de até 49% nos negócios de empresas localizadas nessas vias.

O estudo foi realizado nas 8ª e 9ª Avenidas de Manhattan, que receberam as primeiras vias deste tipo nos E.U.A.

Este tipo de dado deve diminuir a resistência por parte de empresários com posição contrária à construção de faixas exclusivas para bicicletas nas ruas de suas lojas – que acham que com a redução do número de vagas para carros seus clientes vão deixar de comprar em seus estabelecimentos, como aconteceu na av. Jose do Patrocínio, em Porto Alegre.

Após a reforma, o comércio do entorno registrou um aumento de 179% nas vendas em contraste a um aumento de apenas 18% no resto do bairro."



TRISTE HUMOR...


EMAIL OBSERVADOR

@ “... ainda resta uma esperança.
Hoje de manhã quando olhei para fora a primeira coisa que vi foi a rua em frente a minha casa fechada para carros estacionarem, fiquei de orelha em pé. Ou vão pintar o cordão da calçada ou vão cortar as árvores.
Não deu outra: vieram para cortar as árvores a pedido de comerciantes.
 Fui lá falar e fotografar.
 Pelo bem chegaram a um consenso é cortaram somente os galhos que estavam sobre a marquise das lojinhas e da pizzaria.
Sim, ainda resta uma esperança por uma cidade mais verde.” Elacy



* Uma poda bem feita, está na época, que contemple comerciantes e moradores. É isso. Sol no inverno, sombra no verão. Todos saem lucrando. Todos agradecem, principalmente os clientes.
* Em 2008, o blog publicou feliz o plantio das patas de vacas. 
Não seria em 2013 que publicaria a extinção dessas arvores.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dava pra ver nos equipamentos que era poda.....

O Olho do Linceu disse...

A meia quadra dali, na Pinheiro Machado, na frente da casa do Comel tem uma bergamoteira na calçada. Do outro lado da rua, num predio de lojas, no mesmo conjunto onde fica o Croasonho, tinha um limoeiro. Tinha. Só sobrou um toco no meio fio para recordar a barbarie. Vejam só um pé de limão. Pergunto, no que será que ele incomodava?

Anônimo disse...

os comentários sobre assuntos diversos vão parecer que estamos na Torre de Babel.

Anônimo disse...

O anônimo acima tem razão, vários assuntos agrupados numa única postagem desestimularão os comentários.