A imprensa tem disso: muitas vezes silencia.
Nem que seja sobre um fato que aconteceu embaixo dos nossos narizes.
Tem lá seus motivos: patrocínios, amigos, cifras.
Nos anos 70 se omitiu.
Essa agora: circula na rede email sobre uma suposta amante de Fernando Henrique Cardoso.
Até aí nada demais. Amantes é o que não faltam nesse país.
E tanto se dá se é a do vizinho, do doutor ou do presidente do Brasil. Nesse caso do ex. A amante seria uma ex-jornalista da Globo: Miriam Dutra. Não confundir com Miriam Leitão, aquela da gripe suína.
Alors: a amante teria um filho,Tomás Dutra Schmidt, não assumido de FHC.
Miriam Dutra viveria hoje com sua mãe e uma tia em um dos mais caros e sofisticados bairros de Barcelona.
O email vem assinado por Waldir Leite, jornalista, que diz:
“A jornalista Mirian Dutra, da Rede Globo, retorna do exterior na quarta-feira.
Ainda não se sabe se ela vai contar o porquê do recato e do silêncio nos 14 anos do seu exílio - a maior parte do tempo na Espanha.
Há alguns anos foi realizado no Fórum da Cidade do Rio de Janeiro o seminário 'DEMOCRACIA, IMPRENSA E JUDICIÁRIO' promovido pela Escola de Magistratura do Rio de Janeiro.
O assunto que rendeu mais controvérsia no Seminário foi a forma como a imprensa brasileira era condescendente com o Presidente da República...
O que surpreende é que nenhum órgão de imprensa publicou nada a respeito.
É compreensível que o jornalismo da Globo não tenha tocado no assunto, até porque eles são parte envolvida neste escândalo. Sim, porque isso é um escândalo.
Mas e a VEJA, que adora matérias sensacionalistas?
E a FOLHA DE SÃO PAULO, que "coloca o jornalismo acima de tudo"?
E a ISTOÉ, que adora publicar matérias escandalosas até sem confirmação?
E a CARAS? E o DIA? E o ESTADÃO? E o JB?
O que teria acontecido com os órgãos de imprensa nesse caso? Decidiram ser coniventes? Tiveram medo de noticiar o fato?”
“Alguns argumentaram que, o fato da amante e do filho de FHC serem dependentes econômicos do jornalismo da TV Globo, significa que o Presidente a República, durante seus oito anos de mandato foi refém da emissora do Jardim Botânico. E toda a imprensa brasileira foi conivente com isso.
Deve ser por isso que o Fernando Henrique foi tão generoso com a Globo, no caso do empréstimo do BNDES", especulou um jovem advogado enquanto afrouxava o laço da sua elegante gravata Hermes.”
Eu não posso nem imaginar o William Bonner, com cara de paisagem, revelando o causo no Jornal Nacional. Silêncio custa caro mesmo.
Desse vexame a dona Ruth foi poupada.
Estranho que isso só veio à público quando se fala em eleições...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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Um comentário:
Lady Laura, jornalista que és, tendo passado inclusive pela RBS, sabes que o repórter, seja ele foca ou veterano, é pautado e ao final, apresenta seu trabalho ao seu editor, qual, se não gostar do mesmo, o coloca no cesto de lixo, pois nada sai que não seja dentro dos critérios da linha editorial da empresa. Assim sendo, a tão sonhada liberdade de imprensa inexiste aqui e penso que em todo o planeta. No final do ano passado o médico Marco Antonio Becker foi covardemente assassinado por um excelente atirador. Quando eu soube que um dos tiros não tinha prosseguido em sua trajetória, logo presumi tratar-se, ou de munição velha ou de munição recarregada. Logo imaginei de onde havia saído a munição empregada no crime. Passados cerca de 50 dias do fato veio à tona a origem da munição e o que eu havia presumido, se confirmou. Depois disto a grande imprensa não noticiou uma única linha. Seria para poupar este governo de mais um escândalo, este devastador? Muito provável. No final do ano passado este governo que havia investido cerca de 28milhões durante todo o ano em segurança pública, jogo no colo dos senhores da mídia a bagatela de 90milhões de reais. Assim prosseguimos nós com o silêncio comprado com os nossos tributos.
No caso do crime praticado pelo senhor Ricardo Lied, chefe de gabinete de dona Yeda, investigando sem amparo legal a vida do opositor do governo no pleito aí de Lajeado, o ex-deputado Luis Fernando Schmidt, já se sabe que apenas dois brigadianos dos incontáveis lotados no Piratini tinham acesso ao sistema de informações da secretaria de segurança. Duvido que essa investigação seja tornada pública, pois o Chefe de Polícia, o Martins é que não irá fazer isto. Eu o conheço. E querem continuar.
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