sábado, 6 de junho de 2009

A CRÔNICA DO ROBERTO

O Mistério dos Anões do Seu Troller

Na esquina da rua Francisco Oscar Karnal com a avenida Benjamin Constant havia uma grande casa, cujo nível ficava acima da rua.

Lá morava a família de Arthur Troller.

Na frente da casa, um gramado entremeava algumas floreiras “controladas por dois anões” que, volta e meia, desapareciam por um ou mais dias e depois retornavam. Quando isto acontecia, o Seu Troller e a Dona Iraci perguntavam na vizinhança para saber se alguém tinha visto algo.

Não sei explicar quando isto começou, mas certa feita quando levamos os anões para ver o NASCER do SOL na Casa do Morro em Cruzeiro do Sul, estávamos somente repetindo uma molecagem que já era feita a alguns anos. Parecia uma espécie de BATISMO, silencioso e natural, que ocorria quando alguém comprava seu primeiro carro, ou começava a dirigir o carro da família.

Não lembro do
Seu Troller, em todos estes anos ter surpreendido alguém nesta atitude furtiva, até porque sempre ocorria na madrugada.

Num dos passeios, levaram os gnomos para
Arroio do Meio e tentaram entrar com eles no cinema. Queriam se exibir para as namoradinhas de lá.

Como não conseguiram entrar, tiveram que colocá-los novamente na camioneta. Mas, quando estavam sendo amarrados numa posição em que ficavam com a cabeça exposta e olhando para fora, passou um Padre e perguntou do que se tratava.

Explicaram que haviam trazido os meninos para a matiné, mas não permitiram a entrada.
O
Padre abanando a cabeça, soltou uma gostosa gargalhada, e seguiu o seu caminho.


Em outra ocasião, durante um verão, os seqüestradores foram acampar com os anões, por uma semana no Rio Forqueta.

O Igor lembra que naquela vez, o Seu Troller comentou no Escritório de Contabilidade do Ivo Scheid:
“É... Desta vez acho que eles não voltam mais.”

Puro engano, pois, inclusive, voltaram mais bonitos do que quando foram surrupiados.


Ocorre que como estavam muito feios e desbotados, um dos seqüestradores voltou a Lajeado e retornou com tudo que era necessário para pintá-los. Foram devolvidos restaurados, com as cores originais.


Duas impecáveis SENTINELAS para aquele lindo jardim.


Roberto Ruschel




4 comentários:

Anônimo disse...

hihihihiihihihhi Roberto, tu tem que ir para o Informativo!!!!!!

Gosto muito de te ler!

Advogada

Unknown disse...

Muito legal! Não sabia que isso acontecia aqui em Lajeado também. Tem até uma organização de libertadores de anões de jardim. É a Frente de libertação dos anõezinhos de jardim, no sítio www.habbo.com.br/groups/libertacao.
Valeu

serjao disse...

Ja te falei meu amigo, es o historiador "sem titulo" desta geracao e , se um dia resolveres imprimir todas essas historias, podes crer que eu compro dois, so pra garantir.E como ja disse antes, sei que tem muito mais historias por ai. Manda vim. Meus queimados neuronios precisam de uma revitalizacao e uma boa gargalhada. Bons tempos mesmo. Abracos.

Gene - Fortaleza disse...

Olha só o Beto da Americana, eheheheheheh, por onde andas, muito bom, espero que continue a perpetuar coisas de nossa adolescência.