segunda-feira, 22 de junho de 2009

Fim de semana em Lajeado...

Você me pergunta o que fazemos por aqui...

Uns reinventam, outros se deprimem – respondo.
Você ri.

Sábado à tarde, com amigas de infância, nos reunimos no CTC para lembrar das incoerências do passado enquanto rolava a Copa Hermann de Tênis e os garotos do mini-futebol tropeçavam no gramado sintético que o Jura diz ser tão prejudicial para os artelhos quanto o saibro para os tenistas e que o Clube anda mais verde ainda porque pintaram tudo dessa cor...
E tem gente que ainda se incomoda com as críticas esquecendo que provocação é picuinha de amiga.

“Quem botou essa fonte horrorosa aqui?” – pergunta espantada uma delas que anos não pisa no Tiro e Caça. Não sei responder, mas esse espantalho romano ninguém detona.

Na Hidráulica uma pequena fogueira e as típicas bandeirinhas de jornal enfeitam a rua para lembrar aos pequenos que eles também podem guardar uma lembrança de São João na memória de seus afetos. A iniciativa gostosa partiu da escolinha maternal do bairro, aliás, precisou garantir uma tevê para os pais de olho no jogo do Brasil.

No Parque dos Dick, a imponente fogueira que Léo Katz arma todos os anos atraiu muita gente e minha vizinha comenta:

“O que mais me surpreendeu foi que tudo aconteceu dentro do horário previsto.
O desfile de lanternas de CEAT foi bem bacana, talvez o único jeito da educação iluminar uma cidade. A fogueira do Léo é perfeita e grandiosa, arrasou!”

De noite, saio raramente. Quando a gente chega nessa idade, programa é jantar... Dispenso.
Bailes, perguntas. Tá brincando? Vivemos a época das Comendas...
Desculpe, “conjuntos” bons não existem mais. Os de hoje não entendem nada de repertório, só querem trocar de figurinos e exibir coreografias de péssimo gosto.
Restam as locadoras...




Não posso indicar, porque suspeitam do meu gosto, mas arrisco: “A Banda” -
premiada e sensível produção israelense que aborda “toneladas de solidão”, os desencontros e nossas escolhas de vida. Uma modesta banda da polícia militar egípcia é convidada para tocar em Israel. Ninguém aparece para recepcionar os músicos, que sem grana e sem maiores informações...



E chega o domingo - dos almoços em família, sim, que ainda existe família.
À tarde, leituras. Ou seguir para Forquetinha assistir ao jogo do filho.
Muito triste, meu amigo, a colônia está se esvaziando e não consegue atrair a moçada. Os que restaram não têm energia para torcer...



De noite, por conta do SESC, uma peça de teatro e mais tarde outro filme, o excelente “Linha de Passe”, do brasileiro Walter Salles. Vem de encontro com a tarde de futebol quando Brasil vence a Itália, o Inter perde para o imperador Adriano do Flamengo e Joel Santana, técnico da seleção sul-africana, se enrola num inglês hilário...

Assim, sobrevive-se.
Enquanto a gripe suína não.






3 comentários:

geheimnis disse...

curtiu a fotografia do linha de passe?
é do mauro pinheiro, o mesmo que esteve por trás das câmeras aí para filmar os famosos.

Laura Peixoto disse...

Curti muito. O início do filme, as primeiras tomadas, já mostravam q ele seria muito classudo. Gostei demais. Sem nenhuma cara global...
Agora, mito curiosa pra ver os Famosos...

Anônimo disse...

ñ sobrou jovens nacidos na colônia para os velhos torcerem,importam todos os jogadores, ñ vão torcer para estrangeiros,capiste?