Circulam ônibus pelas ruas de Londres, onde se lê: “Deus provavelmente não existe”
Essa moda de estampar a fé – ou a falta dela - nos meios de transporte popular não é só por lá...
Estou parada na sinaleira, em Lajeado. Na traseira de um ônibus circular, leio:
“O meu escudo é Deus. Ele salva os de coração reto.”
Sei... E os tortos?
Afinal, que Deus magnânimo será esse que não salva os de coração curvo? Os de coração flácido? Os de coração sequelado?
Na Bíblia empoeirada da minha casa, descubro o Salmo “Apelo de um caluniado ao Juízo de Deus”.
Penso em todos aqueles que reclamam do aumento da passagem e “caluniam” os diretores da empresa com os piores impropérios... Mas, me sinto pior ainda quando pesquiso o versículo seguinte do já adesivado no ônibus:
“Deus é um juiz íntegro. Um Deus perpetuamente vingador.”
Putz, se é algo que não combina com a minha imagem de Deus é a vingança.
Vin-gan-ça... Não lembro de já ter escrito essa palavra.
Vingança é um similar para castigo, punição.
Vingança é maldade.
É a Madrasta oferecendo maçãs envenenadas para Branca de Neve...
Prato que se come frio, diz o adágio popular.
E eu que imaginava que Deus não castigava e que nós éramos nossos próprios carrascos. Que burra... Vai ver que quando pequena falhei essa aula de catequese só pra ver o circo nos fundos da minha casa.
À propósito: o biólogo e escritor Richard Dawkins foi quem escolheu os ônibus londrinos para divulgar seu livro “Deus, um delírio”.
Cada um na sua.
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Um comentário:
dando uma de mazzarino?
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