quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MEU QUERIDO CHE

" Não lembro muito bem, mas acho que foi no verão de 1976, quando visitei meus avós no Rio. Melhor, no Posto 6 em Copacabana. Uma tribo muita estranha vendia nas calçadas cariocas pulserinhas de couro, bolsas de macramê e chinelos de solado de pneu. Eles quem? Os hippies.

Aqueles cabeludos sujos vivem drogados – dizia meu avô – cuidado!

Mas, “aqueles” inspiravam altas percepções de liberdade e angústias existenciais. Já me via na rua vendendo bolsa de perna de calça de jeans com miçangas e cacos de espelhinho colado..."

* Minha crônica de hoje no Jornal A Hora e no Opinião, de Encantado.



6 comentários:

O Olho do Linceu disse...

Segundo a última do aPedeuTa, IMAGENS NÃO FALAM POR SI. Essa é uma delas, mesmo quando tentam assemelha-lo a Cristo.

Anônimo disse...

-Laura, vc sacou bem o lance de revolta e liberdade...Gostei!

Anônimo disse...

ainda bem Laura que você "SÓ SACOU", pois caso contrário, estaria ali na frente do Banco do Brasil, mal vestida, fedendo, desdentada, vendendo aquelas quinquilharias.

Anônimo disse...

Os ideais de revolta e liberdade que o argentino Che pregou, nada tem a ver com venda de artesanato e quinquilharias, nem com aparência desgrenhada e dentaduras imperfeitas.

O Olho do Linceu disse...

Então vamos ficar somente com seus ideais traduzidos por suas atitudes quando procurador-geral. Como comandante da prisão Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, sob sua ordem, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos. Ele mesmo escreveu: "As execuções são uma necessidade para o Povo de Cuba, e um dever imposto por esse mesmo Povo." Assim como também os "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha (campos cubanos de trabalhos forçados) foram uma criação sua. Mas infelizmente alguns só lembram da frase: "hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamas!"

joão disse...

Mcguevara's O Che donald's de Kevin johansen, curte aí!! encontra um link e posta pros leitores! música de ótimo gusto!