Descubro Miroslav Tischý...
Um fotógrafo que montava suas próprias câmeras com restos de latas e outros achados nos lixos, embora tenha assumido que suas câmeras, às vezes eram falsas, construídas com caixas de sapato, rolos de papel higiênico e plexiglass, além de receberem polimento nas lentes com pasta de dente e cinzas de cigarro.
Nasceu em Kyjov, na República Tcheca e morreu no início deste mês de abril, dia 12, aos 85 anos de idade.
Tschý estudou pintura na Academia de Belas Artes de Praga. Nos anos 60 foi parar num campo de concentração tachado de subversivo, onde viveu durante 8 anos. Quando saiu passou a fotografar apenas mulheres, a maioria em atitudes e posições banais, fofocando, contando segredos, banhando-se nas piscinas e rios, ou simplesmente curtindo a vida.
Mais tarde, montou suas fotos em quadros feitos à mão, acrescentando os últimos retoques à lápis e criando outra forma de arte muito peculiar, subvertendo as limitações técnicas das imagens.
O resultado impressiona porque distorce os conceitos da fotografia, como luz e foco, imagens borradas, papel lavado, amassado.
Em fevereiro do ano passado, o Centro Internacional de Fotografia, em Nova Iorque, realizou uma exposição individual de Tschý, resgatando parte de sua memória pessoal. Antes, em 2008 passou pelo Centro Pompidou, em Paris.
Fonte: http://tichyocean.com/
Um comentário:
Por 1 segundo, pensei que esse cara fosse o Jeff Bridges (ator)!
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