Lembro de uma oficina de poesia no meteórico Espaço Underground, na esquina das Julios. Talvez 1998? 99?
Não éramos muito. Mas éramos tudo.
Ele atendeu nosso convite e veio.
E generoso traduziu para nós um pouco do seu universo poético.
Agora, o feicibuki facilita o reencontro.
É por essa ferramenta que fico sabendo da continuidade de sua produção: Cair de costas.
“O poeta, músico e ensaísta Ronald Augusto reúne parte de sua produção poética, aquela correspondente aos seus primeiros passos e cujos livros se encontravam esgotados há cerca de dez anos.
Ao mesmo tempo, esse lançamento comemora quase trinta anos de atividade poética e literária (que se inicia com "Homem ao rubro", 1983).
Lançamento nessa 5ª feira, às 18h30, na Palavraria Livraria e Café, rua Vasco da Gama, 165, em Porto Alegre. Valor do livro: 30 reais.
"O autor reúne cinco livros que tiveram há época tiragens reduzidíssimas, quase artesanais (o de maior tiragem teve 300 exemplares), dois deles ainda feitos em tipografias de “fundo de quintal”.
Tal antologia vem preencher, portanto, uma lacuna de pesquisa bibliográfica e de fruição estética relativas a um percurso textual que ao longo das últimas décadas tem sido objeto de interesse tanto de escritores, críticos e professores universitários do Brasil e do exterior, quanto de jovens poetas e leitores interessados em aprofundar seu conhecimento na linguagem de Ronald Augusto.
Cair de costas apresenta ainda, de modo inédito, uma amostra de poemas caligráficos-visuais do autor, até agora desconhecidos do grande público."
Fílmico
fílmico fantasmático cacos
de vidro piscando peixes solertes
na cisterna sombreada
ventas que parpadean farejando
vendetta
ciúmes signans funes o
fanopeuta com razão agora me lembra
ganho duro (: lamba)
este signo não é mais aquele
qualquer pessoa não é mais aquele
ninguém é signo de nada
entrudo
Nenhum comentário:
Postar um comentário