"Ontem à noite (5ªf) estive no campo do Colégio Alberto Torres para assistir o evento de comemoração ao Natal e final de ano.
Claro que fui assistir a performance da minha filha, de touca de Papai Noel e lanterna.
A direção, professores e alunos se esmeraram.
A lua ajudou e o espetáculo foi comovente.
Show de bola. Deu tudo certo.
Eu e minha esposa chegamos cedo.
Era dia ainda, levamos cadeiras e nos acomodamos num local onde teríamos boa visão do espetáculo.
Como nós, dezenas de outros pais também chegaram cedo, e de forma ordeira se acomodaram para assistir o espetáculo.
Tudo certo? Não!!!
Claro que não!!!
Vi a apresentação da minha filha? Claro que não!!
Uma multidão de pais, que chegaram atrasados, se postaram de pé na frente dos trouxas que chegaram cedo.
Fizeram uma parede humana que não permitia que os babacas sentadinhos assistissem ao espetáculo.
As solitações dos professores, os gritos de SENTA! SENTA! não demoveram os ilustres pais de família, que na ânsia de tirar mil fotos dos pimpolhos, não respeitavam ninguém, não respeitaram a ordem do espetáculo, caminhavam pelo meio das criancinhas sentadas em colchonetes. Pisavam em tudo.
Cheguei ao extremo de me levantar e ir até um papai que me permitisse ao menos visualizar o espetáculo. O sujeito me olhou com a maior cara de bocó, e deu de ombros, prosseguindo na sua neurótica competição com outros neuróticos de tirar o maior numero de fotos possíveis.
As profes se rasgando para organizar os pais alucinados.
As crianças se comportando como adultos e os adultos se comportando como adolescentes mimados.
Fiquei indignado. O desrespeito é total.
As pessoas nada entendem de relações humanas ou convívio social.
'Se os outros não podem assistir ao espetáculo que se lixem, o que interessa é o meu rabo.'
Não tinha nenhum chinelão lá.
Pelo contrário: é a nata da sociedade lajeadense.
O que esperar de adultos assim?
Que educação e exemplos passam para os filhos?
Que filhos e adultos serão?
Que sociedade pretendem construir?"
(Autoria não autorizada)
sábado, 13 de dezembro de 2008
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13 comentários:
A crítica deste pai é totalmente plausível. Mas o que me irrita como jornalista é que as pessoas têm o péssimo costume de não assumirem suas posições. No jornal O Informativo do Vale a gente recebe uma dúzia de “denúncias” toda a semana de leitores que preferem o anonimato. Qual a credibilidade de um anônimo?
Ermilo Drews – ermilo@informativo.com.br
Também estive lá.
Foi muito insensibilidade daqueles pais. Coitadas das professoras que tanto se empenharam.
Ánonimato é proteção. Vocês não preservam suas fontes, seu jornalista?
Caro Ermilo estou plenamente de acordo com tua opinião até por que a mesma está bem definida do artigo 5º,inciso IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
Penso que isto ponha uma bela pá de cal na limitada compreensão do outro comentarista que não quer se mostrar. E ainda digo a ele que o jornalista usa sempre das suas fontes, mas não coloca no veículo exatamente aquilo que lhe foi dito pela mesma, pois é de sua obrigação buscar mais detalhes e até mesmo conferir a procedência sob pena de ficar desmoralizado. É a famosa "barriga". Mas isto ele não entende.
Respeito a opinião do colega e do leitor.
Mas, o blog surgiu tb para dar voz a tudo aquilo q fica trancado na garganta, q nos deixa impotente para resolver devido as pressões sociais, devido as ligações de trabalho, devido as retaliações.
Numa sociedade falsa, moralista e hipócrita como a nossa, o anonimato é uma seda.
Laura, a minha crítica não é quanto a tua postura de abrir a possibilidade da publicação para anônimos. Obviamente compreendo os teus argumentos e, inclusive, se achar necessário vou aplicar a mesma prática no Blog do jornal, como já o fiz em matérias nas quais achei necessário. O que me deixa até desanimado, vez que outra, é que muita gente utiliza o anonimato como uma forma de repassar a responsabilidade da sua posição para o jornalista, repórter, radialista e afins. Tem gente que liga para o jornal reclamando do buraco na sua rua, mas pede anonimato, como se estivesse cometendo um crime. Olha, eu entendo que pode haver interesses particulares em jogo, mas também entendo que a liberdade de expressão deve ser estimulada e a fonte preservada quando algo valioso, como sua integridade física, por exemplo, correr risco. Acho que não é o caso de um pai que foi desrespeitado por outros pais no colégio onde seu filho estuda. Minha opinião não é nada pessoal quanto a este cidadão que opinou no teu blog. É uma constatação de quem lida com isso todo o dia. Ah, vou dar meus pitacos mais vezes. Continua fazendo o mesmo no nosso. Abração.
há uma linha muito tênue que separa a proteção da covardia. os que ficam do lado dos anônimos dificilmente movem a roda da história.
assinar uma opinião é coisa para gente forte. como a Laura.
De fato, dinheiro nunca foi sinônimo de educação, um exemplo disso foi que no fim do dia, qdo estava indo para casa, trafegava um "carrão" à minha frente, qdo de repente voou uma latinha de refri pela janela. Como é repugnante atos desse tipo, é de extrema falta de educação, falta de consciência.
Referente ao anonimato, as vezes a questão de segurança, justifica, mas muitas vezes é covardia, principalmente nos espaços na internet, pois, já li comentários absurdos, opiniões sem fundamento, baseado no "achismo", falam o que bem entendem, mas, sem coragem para assumirem suas posições diante dos fatos.
Liane Cardoso
Meus caros me impressiona o fato de que o anonimato despertou certa discussão.
Lembro que quando na Policia, eventualmente era procurado por alguém denunciando comportamento inadequado de algum servidor. Ato contínuo levava o denunciante ao cartório e na maioria das vezes este pulava fora. Como poderia encaminhar algo contra um servidor sem uma denúncia formalizada em cartório?
Os que colocam para fora o que querem ou pensam sem assumir, tenham a certeza de que vendo ou tomando conhecimento de qualquer tipo de falcatrua, simplesmente irão calar. Isto não é ser cidadão. Necessário tomarmos consciência de que precisamos assumir posições no exercício da cidadania ou jamais teremos um país decente para os nossos netos. Vamos refletir e começar a sermos cidadãos a partir de agora.
Com "a nata lajeadense" sempre vou ficar no anonimato ou viro keschmier.
Já passearam no Natal Luz de Gramado este ano? A pé? Na faixa de segurança, lógico!? Nos divertimos muito eu e meus dois filhos. Várias vezes que atravesssamos as ruas os carrões ( porque lá so tem desses)paravam de longe. Incrível. Sem sinaleiras, sem aqueles bretes que tem aqui em Lajeado e sem ser atropelados, claro. Bem , discutimos que tudo não passava de uma jogada de marketing para atrair o turismo. Que seja! Lá os bacana( como diz a Laura) não atrupelam, dão licensa....nóis que estamos sempre caminhando aqui em Lajeado precisamos ter todo o cuidado e se for velhinho (idoso)esquece. Tem de ser muito rápido para cruzar a rua. Até mais
Elton Berner - Personal trainer
Interessante o que se observa nessa discussão sobre a festinha de Natal do CEAT.
Vejo que o email anônimo, ao contrário de suscitar o debate sobre a educação e relações sociais foi analisado sob o prisma da coragem ou covardia do autor do texto.
Alguns sabidos se põe a apontar o dedo buscando desacreditar a informação, sem perguntar se estava assinado ou se foi pedido anonimato. Outro, do alto de sua sabedoria e dos seus conhecimentos granjeados junto ao Informativo, como se fosse um César, formou sua convicção, virou o polegar e mandou bala: “ ...é anônimo...não tem credibilidade...isso me irrita”.
É uma pena, perdeu-se uma bela oportunidade para discutir o que realmente interessa.
Ao que tudo indica não havia o objetivo de irritar jornalistas atormentados.
Na minha opinião, parece que perdeu-se tempo com debates laterais deixando a principal questão, de lado.
Causa espécie que um jornalista veterano como o Sr.Ermilo, perca tempo com tais coisas, quando poderia se aprofundar no tema “Pais que dão mau exemplo” – o que lhe renderia uma bela pauta - e investigar a veracidade da informação recebida, para então, como sabe qualquer estagiário, formar sua convicção.
À propósito: também não consegui ver minha filha, escondida atrás de uma parede humana.
Primeiro Giuvan: não me considero sabido, sábio ou coisa semelhante e nem acima do bem ou do mal para apontar o dedo. Se fosse assim não agiria com isonomia, como agi, em casos mais ou menos antigos envolvendo vereadores de algumas câmaras deste nosso querido Vale. Segundo, não considero que adquiri todos os conhecimentos subtendidos por você, até porque admito que hoje eles são limitados. Esse tipo de atitude sugerida é coisa de jurista e magistrado que gosta de falar difícil. Terceiro: não afirmei que anônimo não tem credibilidade. Indaguei, isto sim. E juro pela minha mãe caída. É apenas uma indagação. Quarto: os “detalhes laterais” motivaram uma série de comentários contrários e favoráveis, sinal que a discussão em torno do tema não é secundária. Quinto: não sou jornalista veterano. Tenho 26 anos e trabalho há apenas quatro no jornal O Informativo do Vale. Tenho uma longa estrada a seguir. Sexto: os ensinamentos dos pais não se limitam a demonstrar que desrespeitar o semelhante é algo errado. Em tempo, assumir suas convicções e lutar por elas é um ensinamento que perdura por toda a vida. Esta lição não aprendi na universidade. Este fica por conta do meu pai, que por sinal faz aniversário hoje. Parabéns “seu Flávio”. Ah, e viva a liberdade de expressão. Forte abraço a todos e um ótimo 2009, de verdade. Tudo de bom.
Uhuu... a burguesia quebrando o pau por causa de sua própria hipocresia...
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