quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

FILOSOFIA DO CÁLICE CHEIO...

Esse tempo afeta os neurônios esquerdos.
Chuva e sol. Granizo no interior.
As lavouras perdidas e a voz embargada dos colonos. A promessa de linha de crédito que não acontece. E a cara deslavada das autoridades explicando minhocas. Esse dezembro não vai ser fácil...

Ainda vou perder meu fígado.

Tô sentindo.
Olho as estatísticas que o IBGE publica:
Em 2007 ocorreram 916.006 casamentos no Brasil.
E para cada quatro casamentos, uma separação.
Depois de 30 anos da Lei do Divórcio esse foi o maior pico.

Os homens separam mais.
Largam a véia e correm atrás de mulheres de estado civil “solteira”.
Têm urticária só de ouvir falar em “separada”.
Mas, diz o IBGE, as mulheres divorciadas também se arranjaram com homens zero km. Questão de preferência, talvez um currículo muito expressivo, atrapalhe.

E os garotos estão por aí, dando bandeira.
Nem que seja por uma noite...


Essa coisa do casamento sempre me intrigou.
Todo mundo quer juntar as escovas.
Mas, um ano depois, nem disfarça:

cada um quer o controle da tevê só pra si.
Elas começam a ditar as leis...
Às vezes me pergunto: como suportar isso?


O positivo numa separação é que a mulher emagrece.
Ahã, verdade.
Conclusão da minha amiga que não bebe:
- A melhor nutricionista é a “Outra”.

Separar tem lá suas vantagens.
Pessoalmente acho que separar rejuvenesce.
Elas se esticam, se matriculam numa academia e trocam o guarda-roupa.
Algumas, passam a usar o da filha.

E eles?
Cortam as unhas dos pés, trocam as camisetas pólo por quicksilver e continuam a jogar o seu futebolzinho nas tardes de sábado.

Ai, que mundo cão.
Um belo dia bate uma paixão doida.
Quando menos se espera, a segunda chance aparece na esquina e a gente joga tudo pro ar: emprego monótono, filhos crica, mãe chantagista, amigas invejosas...
E tudo mais que se exploda.

Granizo em pleno dezembro?
Os abutres se deliciam com meu fígado encharcado de vodca.


2 comentários:

Anônimo disse...

Casar é a arte de seguir abrindo as pernas para aquele que nos nos fecha o coração ou a porta do mundo.

Bronzeada

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Meu Deus essas gurias hoje estão impossíveis.
A Bronzeada apresenta uma definição extremamente objetiva e que não corresponde necessariamente à verdade.
Por outro lado Lady Laura está se castigando de forma cruel e desnecessária. O "encher a cara" assim como não resolve o problema ou problemas, igualmente faz a alegria dos desafetos.
Penso que conveniente seja alguém confiável, independentemente de sexo, desde que discreto ou discreta e absolutamente confiável, com quem discutir os problemas existentes. Isto sim traria mais tranqüilidade, assim como preservaria o fígado que não foi feito para tamanha sobrecarga de álcool. Ele existe para armazenar o mais nobre dos açúcares, o glicogênio, nosso combustível do dia-a-dia.
Assim sendo, se forçamos a barra, nosso fígado que é o nosso tanque de combustível, uma vez corroído, irá começar a vazar. Quando tal ocorrer será o fim e o cume da alegria dos desafetos.