sábado, 18 de julho de 2009

O SOBREVIVENTE

Na última enquete do blog: “Um helicóptero caiu. Só um se salvou. Quem?” - quanta injustiça: Pelé, Yeda, Sarney e Hebe morrem abraçados. Roberto Carlos agoniza...
Pelos acessos, quem se salva mesmo é o gaúcho Paulo Sant’Ana!


Ou seja: o mais querido e admirado pelos leitores.

Paulo Sant’Ana é casado com Inajara Silva. Tem três filhos, três netos, não necessariamente com essa esposa.


É jornalista aposentado pelo INSS. Já foi carroceiro, feirante, delegado de Polícia. Acabou de completar 70 anos no mês passado, dia 15, com direito a festão no Plaza. Nasceu no dia em que Freud morreu: na Cidade Baixa, na rua João Alfredo em Porto Alegre, justificando sua megalomania: “O maior excesso que eu cometo é o de cada vez mais ansiar por maior popularidade, por mais audiência.” Antes, um hipocondríaco assumido.

Trabalha no Grupo RBS, mas começou na TV Piratini.
Cronista diário na Zero Hora desde 1971, autor de “O melhor de mim” e o “Gênio idiota”.

Durante 19 anos escreveu sobre futebol, sendo o primeiro comentarista esportivo a declarar publicamente seu time de coração. E a entregar os times de seus colegas...

Dos tempos "politicamente incorreto" era visto fumando na frente das câmeras de tevê, no Jornal do Almoço, embora já fizesse sucesso no Sala de Redação: em 20 dias de trabalho - sem remuneração - ficou conhecido em todo estado do Rio Grande do Sul.

Sant’Ana não respondeu ao meu email, um entre as centenas que recebe diariamente, mas queria lhe perguntar se a Zero Hora deve a ele seu sucesso ou o contrário.



Furungando na rede, garimpei a resposta:

“Quando eu entrei para a RBS, a Zero Hora era o quarto jornal do Rio Grande do Sul. O primeiro era o Correio do Povo, o segundo era Folha da Tarde e o terceiro, a Folha da Manhã. Por coincidência, logo depois que eu entrei instalou-se um processo que fez com que a hegemonia do jornalismo gaúcho se transferisse da Caldas Júnior para a RBS. Mas foi pura coincidência, eu fiz apenas uma parte mínima do processo de tomada da hegemonia da RBS.”

Paulo Sant’Ana é de muitos leitores e alguns bons amigos:

“Eles estão na RBS, estão na rua, estão em Porto Alegre e no interior do Estado. São mais de dez.” Os desafetos dá por conta da rivalidade profissional.

Decepcionado politicamente, aconselha todos a votar em branco:

“Porque é o único costeiro — essa palavra a minha madrasta usava muito — é o único susto que podemos dar aos políticos: votar em branco.”

De uns tempos para cá, o jornalista vem tentando uma aproximação com Deus, pelos ritos de uma religião:

“Se Cristo é a única força capaz de um ato de transmutação do caráter de um homem, então Cristo é a salvação. Por isso é que estou procurando, ultimamente, Cristo. E se ele me ajudar, eu vou encontrá-lo.

(Cristo) ... pode me fazer mais compreensivo. Pode me fazer mais generoso. Pode me fazer mais amoroso. E acima de tudo, isso é o mais importante, pode vir a sanar minhas dúvidas. Eu sou um homem repleto de dúvidas.”

Quando morrer gostaria de ser enterrado entre Mario Quintana e Lupícinio Rodrigues.
Se depender dos leitores deste blog, vai demorar...


Fonte: www.revistapress.com.br

4 comentários:

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Esse cara eu conheço bem. É o rei da abobrinha. Tem uma só qualidade que é ser gremista.
O resto dele não digo, pois não interessa à maioria. Lembro de quando, ao retornar de uma copa do mundo, vestindo um casado de couro cor de laranja se colocou a chorar na frente das câmeras... fico por aqui. Se Lady Laura quiser a ele conto e somente a ela. Entendido?

Anônimo disse...

Eu gosto dele.
Ele é ele.
Uma pessoa que consegue a difícil arte de ser quem ele é.
Abrobrinha é a inveja alheia.
Aposto que o Jorge votou - aqui no blog e nas eleições- na Yeda, nossa cruz.

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Vamos deixar a coisa bem clara. Todos têm direito a pensar e opinar, até aqueles que não têm a
hombridade necessária de assumir o que afirmam. Exijo ser respeitado. Que ninguém coloque palavras em minha boca. Felizmente tenho muito mais qualidades do que defeitos. Ele penso que não seja assim como eu, mas isto não interessa à maioria.

Osmar Ribeiro disse...

Ridículos