“Agora, todos odeiam Sarney. Mas quem não se enterneceu com Sarney em algum momento?
(...) Foi enternecedor o Sarney de 1985, ao se denunciar em dúvida se deveria ou não assumir a presidência com a morte de Tancredo.
(...) Sarney tem uma filha bonita, brejeira, frágil, sofrida, ardilosa. Tem um filho, o Zequinha, que recebeu até diploma de amigo da Mata Atlântica.
(...) Agora, quantos já não tiveram ou têm um Sarney por perto? Um político, que pode ser um cacique da cidade, um sogro, um genro, um primo, um cunhado, um padrinho, um vizinho que virou parlamentar e tudo resolve.
Não pela solidariedade ou pelo exercício legítimo da política, mas pela capacidade de manobrar nos desvios do poder. Aquele a quem pedimos deferimento. Um Sarney paroquial. O tipo do deixa comigo, das pequenas transgressões, do fura fila, do abre portas, do carteiraço.
Sarney é apenas o exemplar nacional e mais vistoso do compadrismo, do patrimonialismo, da apropriação do público para os amigos, parentes, afilhados, protegidos.
(...) Os Sarneys ganham sobrevida, se fortalecem e se multiplicam também fora de Brasília e do Senado. Há Sarneys por toda parte. Há Sarneys estaduais e municipais e esses não são um problema do Maranhão, do Amapá ou de Lula.”
Moisés Mendes
ZH de ontem
* Siiiiiim... Tem um ramo da família Sarney em Lajeado. Bem grande. Tão grande que faz sombra em diversas instituições da cidade.
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