A CRÔNICA DO ROBERTO

40 ANOS PAGANDO MICO

Entre 1968 e 1969, duas vezes por semana, a partir das 18 horas, jogávamos futebol de salão na Cancha Municipal. Ali, naquela canchinha, que foi demolida para construírem a Câmara de Vereadores, mas até agora instalaram apenas o mosquitório municipal.

Um time formado por amigos enfrentava os funcionários da Agropecuária Minuano, que ficava na mesma rua, ao lado onde hoje é a Brigada Militar.

Um dia, em nosso time, apareceu um novo atleta.
O convidado era um médico anestesista, recém chegado na cidade.

Jogo inicia e no decorrer da contenta, um bola murcha consegue mandar a pelota para o outro lado da rua, a qual se chocou contra o muro da casa que ali ficava.

Uma linda loira, que estava no jardim desta casa, gentilmente foi até a calçada e tentou devolver a bola. Como era uma distância considerável, a pesada bola apenas atravessou a rua, parando na calçada, próximo a cerca da cancha.
Ela então atravessou a rua para alçar a bola por cima da cerca.

Neste momento, o saudoso Fumaça, um dos jogadores da Minuano, se afastou de nós para receber a bola. Um dos que ficaram, sussurrou para o Fumaça: aproveita e dá uma cantada...

Foi quando para espanto geral o anestesista disse: não vai adiantar dar a cantada, pois já está comprometida comigo.

Que vexame, pois não é que ela era a esposa do médico.
Gargalhada, caçoada geral e muita gozação.
Bola voltou. Poeira baixou e o jogo recomeçou.

Mas na primeira jogada o sussurrante deu um jeito de simular uma lesão.
Imediatamente substituído, desapareceu por algumas semanas da canchinha.

Já se passaram mais de 40 anos que o fato ocorreu, mas volta e meia o anestesista na época e hoje também cardiologista, recorda o fato e se diverte com a gafe do amigo.

Roberto Ruschel