“Nos anos 90, toda a região do Pelourinho ganhou o tratamento que eu imaginara utópico em 1972. Há queixas contra os métodos usados para a retirada dos moradores.
Há a frase bonita de Verger: "Devia se erguer no Pelourinho um monumento às putas." Elas é que mantiveram de pé esse pedaço da cidade.
Em 1960, vendo a harmonia de formas exibida em matéria deteriorada, eu me sentia fascinado também pela degradação dos habitantes. A prostituição mais anti-higiênica manteve os sobrados de pé. Casas sem moradores caem. As do Pelô exibiam as marcas da decadência da humanidade que as povoava e as mantinha erguidas.
(...)
Política para mim é isso.
Capturar as forças regenerativas da sociedade e trabalhar a partir delas.
Não se atar a facções ideológicas como a torcidas de futebol - nem, muito menos, a grupos de interesses inescrupulosos.”
Jornal O Globo
estéia do compositor hj
* Lembrei da Borges de Medeiros, em Lajeado. Talvez o antigo prédio da rodoviária esteja de pé por força das nossas putas. Ainda vamos agradecer muito?
domingo, 23 de maio de 2010
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2 comentários:
Com certeza, as irmãs já tentaram por diversas vezes comprar o prédio e nunca conseguiram......
Só quem nunca passou pela frente daquele prédio pensa o contrário.
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