domingo, 23 de maio de 2010

"E QUEM PODE DIZER O QUE É CORRETO?"


Fui assistir Alice, ontem, no Unicshopping, em Lajeado.
Sim.... Sim.... Eu sei....
A sala fedia a pum. Mas, logo descobri, resultado da gordura das pipocas.
A imagem continua ruim, tremilica. O som razoável. As cadeiras devastadas.
Mas, uma galerinha estava lá, firme, com o lanterninha controlando os amassos, taliquali no Cine Avenida dos idos. E quer saber? Foi o que mais adorei: essa volta ao passado. Só faltou bater os pés no chão na hora da batalha entre os exércitos: brancos X vermelhos, zeus?uma metáfora comunista? Tudo isso é preferível a ficar sem cinema algum.

A Alice do Tim Burton é uma narrativa fílmica lisérgica. E contraria os ensinamentos paternos quando manda a garota beber sem saber o que. Daí para a terra dos cogumelos é um pulo, com aquele gato simpático que vem e vai, vem e vai... Cheio de mensagens subliminares, outras nem tanto assim quando Absolem, a lagarta azul, chapadérrima diz “Garota idiota!”, nossa, será que incentivando o bullying? Estão lá as referências à tragédia grega, o Inferno de Dante, Bela e a Fera, Joana d’Arc e ao rebolation, crédo, a dança da hora.

O que mais curti foi o pai de Alice: “As melhores pessoas são as mais loucas.” Às vezes, não adianta a gente se beliscar: o pesadelo não termina. A menos que se descubra, como no original de Lewis Carrol: “não sei explicar nem a mim mesma porque eu não sou eu, compreende?”

2 comentários:

Foguinho disse...

Boa!

Anônimo disse...

hoje em dia todo mundo se achando o louco. e achando isso o máximo. acho que loucura mesmo, seja não aderir a todas as modinhas.