quarta-feira, 12 de maio de 2010

ERA UMA VEZ...

Um colono cansado da mesmice, o velho Lalau, 70 e poucos anos, enfastiado da vida, mas ainda dando no couro, arrumou uma amante: a Ro, jovem, desimpedida, bonita, carinhosa e solitária... Quem resistiria?

Tudo corria bem, sexo bom, juventude x dinheiro, perfumes e chocolates.
Um dia, Ro, manhosinha, cafungando no pescoço vermelho e enrugado do seu Lalau, ronronou por uns trocos: a saúde ia mal, precisava operar os miúdos.
O bom leiteiro não hesitou: sexo bom, jovem carente, talicoisa... Depois de assinado os dois cheques bem graúdos, eita operação cara, talvez aproveitando para uma recauchutagem geral, silicone aqui e ali, seu Lalau inventou de peitar a doutora.
- Nein... nada de doença, nada de silicone – disse a mulher de jaleco.
O velho quase enfartou.

Voltou para casa de saco rengo e abriu o jogo pra véia que se avançou na bengala. No dia seguinte, o amante, agora ex, correu para o banco para dar uma contra-ordem.
Daí que melou tudo: o alemão e a jovem carente se desentenderam, romperam a relação e Ro entrou na justiça para cobrar o que lhe era devido: o prazer custa caro. Merda: os cheques eram para comprar uma casinha, queki tem seu miserável...

Ao juiz, o pensamento de “que o cheque seria a forma de obsequiar à parceira pelo relacionamento íntimo e clandestino mantido há anos". E foi isso.

E não é que a Ro ganhou?

Amantes de Lajeado, Encantado e Estrela: abriu – se jurisprudência! Corram para os advogados... e sejam felizes para sempre!

2 comentários:

Anônimo disse...

Por causa de causos como esse é que muitos homens estão procurando ter prazer por outros caminhos.....
O que tem de barbado saindo do armário não tá no gibi...

Anônimo disse, disse...

Conclusão:
Ro recuperou a sua parte do dinheiro ganho (in?)devidamente pelo tal juiz ao longo de anos de vida dedicada a magistratura.