quinta-feira, 13 de maio de 2010

PARA MEDITAR...

Hoje termina a 48ª Assembleia Geral da CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNNB) e os religiosos aprovaram ontem uma Mensagem sobre as Comunidades Eclesiais de Base e outra sobre a Palavra de Deus, tema central do encontro.

Os religiosos falaram sobre as consequências da globalização no cotidiano:
“... são tantas que hoje se fala que o mundo vive não mais uma época de mudanças, mas “uma mudança de época, cujo nível mais profundo é o cultural”

... a lógica do mercado corrói a estrutura de sociabilidade básica que se expressa nas relações de tipo comunitário. À medida que ele avança, expulsa as relações de cooperação e solidariedade e introduz relações de competição nas quais o mais forte é quem leva vantagem.

Desta forma, é preciso valorizar as experiências de sociabilidade básica: as relações fundadas na gratuidade que se expressa na dinâmica de oferecer-receber-retribuir. O cultivo da reciprocidade tem como espaço primeiro aquele onde a vizinhança territorial é importante para a vida cotidiana, como em áreas rurais, bairros de periferia e favelas. É a solidariedade entre vizinhos – melhor dizendo, entre vizinhas – que assegura o cuidado com crianças, idosos e doentes, por exemplo.”


E relembra as palavras de Papa João Paulo II, falando aos bispos em Puebla, em 28 de janeiro de 1979:

“Nosso Deus em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família... e a essência da família é o amor”.



O documento também cita as mortes da Dra. Zilda Arns e Irmã Dorothy Stang:

“Há muito conhecidas por nossas comunidades pobres pelo Brasil afora, elas inspiraram a ação das COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE - CEBs. Elas entregaram a vida e nos deixaram seu testemunho de fé e amor aos pobres, fracos, desamparados e discriminados.”

* Todo mundo sabe que a Igreja enfrenta problemas de desvios de conduta entre seus pares, mas quem acompanha o trabalho de muitos na conscientização e luta por direitos, grotões miseráveis afora, reconhece a nobreza da retórica e a ação de muitos religiosos. A tendência não é a paróquia acomodada e as fofocas paroquiais de padres gays ou pedófilos.

A tendência é se concentrar nos excluídos. Pena que esse empirismo anda longe daqui...




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