segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AISHA

"A revista Time traz na capa desta semana a fotografia de Aisha, uma jovem afegã, de 18 anos, a quem foram cortadas as orelhas e o nariz por não respeitar as regras talibãs e ter fugido da casa da família do marido.


Aisha conta que era constantemente espancada e tratada como uma escrava. Mesmo assim, a história não foi o suficiente para convencer um comandante talibã e, enquanto o cunhado de Aisha a agarrava, o seu marido cortou-lhe as orelhas e o nariz.


A fotógrafa da Time, Jodie Bieber, quis fotografá-la mostrando a beleza da mulher.


“És mesmo uma mulher bonita. Não compreendo, nem imagino o que possas sentir quando tens o nariz e as orelhas cortadas, mas o que posso fazer, e mostrar-te, é a tua beleza nestas fotografias”, disse a Aisha.

O trabalho mostra a situação das mulheres naquele país e defende a permanência das tropas americanas no local. No editorial da revista americana lê-se que a reportagem pretende também: “convencer os americanos sobre o que os EUA e aliados deveriam fazer no país”.


Hoje em dia Aisha está escondida e protegida por guardas. A organização não governamental “Women for Afghan Women” (Mulheres pelas mulheres afegãs) ajuda-a financeiramente. Uma organização humanitária da Califórnia quer levá-la para os EUA para que possa ser submetida a uma cirurgia de reconstrução de rosto.

Um comentário:

JORGE LOEFFLER .'. disse...

O Império não está preocupado com esta ou outras mulheres de lá. Eles acabam de admitir que "encontraram” uma mina de lítio cujo valor é estimado em um trilhão de dólares. Maior, pois do que a que há no altiplano boliviano que era até então a maior reserva do mundo. A indústria automobilística (leia0se carros elétricos) necessita de muito lítio. Há ainda o interesse de garantir a implantação e segurança de um gasoduto da Sibéria à Europa que deverá passar pela região. O resto? O resto é tertúlia flácida para dormitar bovinos.