“... as minhas contas estão em dia, ainda me sobra grana no fim do mês, mas o meu fim do mundo sempre chega. eu não gosto da comida que eu faço e mesmo assim prefiro almoçar em casa. eu escrevo porque não ouso gritar. eu caminho pelas ruas e não vejo as pessoas. acho que estou a salvo de um tsunami e de uma tuberculose. mas, eu me desmancho por coisas que as pessoas não enxergam. me dói a criança que atravessa sozinha e na sorte uma avenida. me dói o chinelo de dedo do homem que passa por mim num dia frio. me perturba tantas pessoas engessadas em suas bobagens fúteis. me consome a corrupção que a TV noticia. as pessoas que vivem do lixo. me faz chorar a música do rádio. me faz rir o provérbio do pára-choque do caminhão..."
terça-feira, 3 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário