.o progresso atrelado a destruição,
conversávamos. pedi ao velho engenheiro. diga q estou errado. mas eles fazem
compensação, respondeu. o que é importante é vivido agora, lembrou seu Martin.
sim,o importante é o que vai sobrar, resmunguei enquanto observava a praça
atrás do ginásio. tudo arrebentado. caminhamos mais um pouco e ele disse com
tristeza: veja o que a universidade esta fazendo. uma destruição sem
preocupação com a natureza. esse é o exemplo. aqui tinha muito verde, tucano, passarinhada. deu
de ombros: vaidades dos homens. sim, há controvérsias, resmungou. em nome do
desenvolvimento vão acabar com tudo, tudo que existe ao redor. eles estão muito
acima de nós, respondeu seu Buber. acima até da prefeitura. o que você está dizendo? todo
mundo se curvando para uma administração de campus. ficou pasmo e me ameaçou com a bengala. eu fiquei
pensando como se compra o pensamento. o
livre arbítrio. como se implanta o terror docente. como se cala uma boca? as
vezes nós três nos cruzamos pelas ruas do bairro. um tem um filho que é
professor. outro, a nora. como se compra o silêncio? um jogo de hipocrisias. vence
aquele que menos fala. menos escreve. sequer pensa. mas o administrador sabe que eu sei.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
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