Brincadeiras e travessuras
Na rua Silva Jardim, nº 135, em Lajeado, ficava a CASA BORN, hoje o SESC. Meu pai era o Gerente da loja e morávamos numa casa nos fundos do prédio.
Todos os dias, a tardinha, eu pulava o muro que dava para a casa do seu HUGO SPOHR. Sua casa era muito grande e com diversos anexos na parte de fora, onde estava a lavanderia, o depósito de apetrechos de caça, um depósito de lenha e outros badulaques.
Lá encontrava os netos do seu Hugo, e junto com mais alguns amigos jogávamos uma peladinha de futebol, num gramado que ficava ao lado da casa.
A faixa etária do grupo girava entre 8 a 12 anos.
Também nos divertíamos com outras brincadeiras da época, tais como brincar de índio e mocinho, jogar botão de mesa, atirar peão, jogar bolinha de gude, tomar banho nos VIEIRA, descer o TOMBO ou pescar no rio Taquari, coisas de menino.
Mas... Como toda a regra tem exceção, sempre junto e parceira, havia uma menina, acreditem... Uma MENINA! Acompanhava a gente em todas e com o passar do tempo começamos a nos questionar:
- Pode uma menina fazer tudo que fizemos?
- Será que ela mesmo uma menina?
E logo surgiu um plano... Combinamos que um dia, após nosso jogo de futebol, iríamos criar um pretexto para levá-la a um destes depósitos da casa e dar uma CONFERIDA.
Dia combinado, fim de jogo, empurra daqui, vamô, não vamô, caminha prá cá, caminha prá lá, é contigo, quem sabe vai tu primeiro e ela na maior inocência não entendendo nada.
Enfim, o medo nos derrotou.
Meu pai e o Straatmann, com seus tradicionais assovios, sinalizavam que estava na hora de voltar para a casa e o assunto caiu no esquecimento.
Passaram-se os anos, mas confesso que até hoje DESCONFIO, e por razões óbvias, que UM CONFERIU, pois anos depois acabou casando com ela...
Roberto Ruschel
sábado, 2 de maio de 2009
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Um comentário:
Pois é Roberto e Lady Laura, de nossas infâncias e juventude há muitas histórias. E esta crônica me faz lembrar que estou em débito com o José Luiz Prévidi que edita os sites www.previdi.com.br e www.portoalegre.com, pois para o primeiro rabisco todas as semanas algum texto, mas para o segundo prometi escrever sobre minha rua, meu bairro e até hoje não o fiz. Bela história Roberto, parabéns.
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