sexta-feira, 22 de maio de 2009
CULTURA GOELA ABAIXO..
Uma narrativa teatral repleta de alegorias e metáforas que emocionaram até quem desconhece a história. Até mesmo aqueles que nunca ouviram falar de Marighella - como a estudante de 15 anos com os olhos marejados, ao meu lado. Disse que era de Roca Salles e que estivera na Casa de Cultura ouvindo uma palestra sobre o tema. Eu também me emocionei muito.
Bem sabiam os homens de 68 que o teatro é uma arma poderosa: encanta.
Pelo riso ou tocando as feridas.
Sim, por que a repressão não vem só dos governos, das ditaduras.
A repressão vem de casa, da família, do emprego, da marginalização, da estupidez.
Talvez alguns daqueles alunos voltem para suas escolas e questionem seus professores:
- quem foi Marighella? – o que aconteceu 40 anos atrás? – por que as pessoas apanharam? – por que uns foram embora? – o que foi a ditadura? – o que é poesia? – o que é o teatro? – o que é democracia? - quem é a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz?
Como os professores não saberão responder, por sorte existe o Google.
Em socorro da didática sugiro o filme “Batismo de Sangue”, nas locadoras.
Em Lajeado, na Calypso.
No ano em que se completa 40 anos de repressão discutir um momento histórico tão violento é, no mínimo, saudável nessa sociedade tão oca.
A apresentação do espetáculo “O Amargo Santo da Purificação”, promoção do SESC, caiu como uma luva nessa cidade ...
Da próxima vez, cuidado... O teatro vem aí.
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2 comentários:
No endereço eletrônico:
http://www.ternuma.com.br/aonde.htm
também tem muita coisa sobre êle e outros da época.
Laurinha, olha o site deles:
“Para a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz o teatro é instrumento de desvelamento e análise da realidade; a sua função é social: contribuir para o conhecimento dos homens e ao aprimoramento da sua condição.
Num mundo marcado pela exclusão, marginalização, pela homogeneização, pelo pensamento único, enfim, pela desumanização e pela bárbarie, cada vez mais é vital e necessário denunciar a injustiça, as vendas de opinião, o autoritarismo, a mediocridade e a falta de memória.
Esta é a defesa que o Ói Nóis faz: o teatro como resistência e manutenção de valores fundamentais que diferenciam uns de outros: a solidariedade, a honestidade pessoal e a liberdade. “
http://www.oinoisaquitraveiz.com.br/
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