quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TêTe à TêTe...

Vocês sabem, não é? Leram nos jornais, ouviram no rádio...
Em agosto, a Prefeitura ficou de dar um “apoio” aos proprietários. Antes, em junho, a cobrança desse blog pela falta de incentivo a eles...


As otoridades, sempre tão bem intencionadas, mostraram interesse pela casa construída em 1913/1918, que pertenceu a Família Born, questionaram junto aos proprietários atuais, o valor do imóvel. A Comissão de Avaliação ficou de estudar a compra ou não. Está avaliando até hoje. Nunca mais ninguém se pronunciou.

A casa de 464m² é perfeita para vários empreendimentos. Tem 16 cômodos e três banheiros:


“As peças podem ser alteráveis, só não dá pra tirar as paredes. Quase todas se interligam tendo duas portas em cada. Em baixo, dois salões grandes, 4 salas e dois banheiros. Uma garagem que dá para o jardim de 100 m² . Como tudo é grande, tudo pode ser dividido.” – diz Virgínia Purper, que está indo embora da cidade.

A vista para o rio é linda... De suspirar.

Virgínia parte e me engasgo com as perguntas: e se arrombarem, e se depredarem aquela casa centenária? Se tocarem fogo durante a noite? A gente já viu tanto disso nessa cidade.


Por favor, aluguem se não vão comprar!

Olha... A creche Garatuja foi vendida por 800 mil. Deve transferir-se para um novo local nas imediações do Clube Sete de Setembro. No meu bairro tem uma casa que pede 900. Já as terras da família Hepp? 600.

Para efeito de comparação:
um terreno na praia da Silveira, em Garopaba, está por 450 mil e um ap de 730m² no edifício Quartier de Ipanema, na Visconde de Pirajá, no Rio: R$ 13 milhões.


Na Conserva, essa casinha também está à venda... O entorno verde é magnífico.

E assim caminha a humanidade...

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi! Bela casa, conheço-a da época em que era possível pedalar pela ciclovia que passa em frente.

Mas esse teu post é propaganda enganosa, :-) afinal de contas a beleza da casa e da vista não compensam a vizinhança. Já vi gente fumando crack na pracinha ao lado as 3 da tarde de um sábado.

Não é a toa que aquela parte da cidade está "às moscas", o poder público a abandonou de todas as formas possíveis. Turisticamente ela está abandonada (o barco ainda funciona?), do ponto de vista do lazer é impossível caminhar ou pedalar por lá e do ponto de vista da segurança pública nem se fala. E tu ainda fala de patrimônio? Sonhadora!!

Se fosse dada a atenção necessária para aquela área essa casa teria muitos interessados em transformá-la em algo que devolvesse um pouca da dignidade perdida por aquela casa e aquela parte da cidade.

Abraços
Beto

Danton K disse...

Essa última casa tem um ar meio sombrio, talvez por estar um nível acima da rua - coisa de filme! Só espero que este patrimônio não continue sendo engolido pelo "progresso".

Anônimo disse...

"A sociedade é composta por duas grandes classes: aqueles que têm mais jantares que apetite e os que têm mais apetite que jantares."

( Nicolas Chamfort )


Abção Laurinha..
Manda brasa sempre !

heinz disse...

pô, taí outra coisa que eu não entendo - e tbém ñ perco meus cabelos tentando entender!!

lajeado tem um rio que poucos têm, que corre no seu quintal, mas que a maioria vira as costas...assim sendo, ~n dá pra entender pq aquela região lá tá esquecida ou largada pros craqueleiros e travecas 24 hs...´

e falando em rio:
essa semna, subindo até roca sales pelo lado de fazenda lohmann, deu pra ter uma idéia do estado crítico que se encontram as barrqancas do taquari..é bem sério e em grandes extensões não tem mais cobertura vegetal nenhuma na margem, o que torna o rio altamente suscetível às enchentes e assoreamento

trabalho de recuperação pra ontem, anteontem !!