terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DEZ RAZÕES.............. OU EXISTEM MAIS?

No passado, o médico e cronista Marcos Frank ousou escrever na sua coluna de sábado, no jornal O Informativo, seus “DEZ MOTIVOS PARA ODIAR LAJEADO”. Mas deixou bem claro: “Antes que algum engraçadinho ou mal intencionado levante a mão quero dizer que adoro esta terra...”

* Eu não adoro. Vivo aqui.

Frank ainda lembra: “... mesmo nossos grandes amores têm lá seus defeitos, e é obrigação do ser que ama ajudar, apontando esses pequenos defeitos que porventura se tenha.”


* E adianta ajudar? Não conheço um amante que tenha mudado depois de um tempo de prostituição conjugal. Nesse caso, ajudar a cidade...

Mesmo assim, o cronista listou os defeitos que mais lhe incomodavam em janeiro de 2006.

Em tempo de festejos, resumo:

1. “O cheiro que Lajeado às vezes têm.”
* Às vezes? Saneamento? Nada. A Metrópole do Vale continua fedendo... E nunca investiram um tostão na prevenção das enchentes. Aliás, enchente dá voto!

2. “Os cobradores do estacionamento rotativo. Estou cansado de ver a mesma cena do meu consultório. O motorista estacionou não faz nem dois segundos e já tem alguém na sua janela lhe cobrando.”

* Ganância da Uambla. Dias desses quando abri a porta do carro, quase bateu no rosto de uma cobradora...

3. “Os motoristas que não respeitam faixa de segurança. Sei de casos de dezenas de motoristas que tiveram seus carros guinchados e foram multados por estacionamento irregular. Mas será que existe alguma multa por desrespeito a faixa de pedestres?”

* Bela credencial... Lajeado lidera o ranking de mortes no trânsito: 34,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

4. “Moscas e mosquitos. Já foi tema de campanha e parece até que compraram uma caminhonete novinha só para matar os bichinhos. Será que dessa vez vai?”



* Meio-ambiente. Fizeram algo de novo? Uma vez por ano passam na minha casa para conferir se as bromélias hospedam o mosquito da dengue...

5. “Sair do Unishopping e ir em direção ao São Cristóvão.Não acredito que nosso setor de trânsito não consiga pensar numa solução melhor do que a atual.”

* Mas não é que pensaram? E pagaram bem caro para pensar. O resultado será conferido a partir do dia 15 de fevereiro.

6. “O inchaço da Câmara de Vereadores. Senhores edis precisamos é de idéias e projetos e não de cabide de empregos.”


* Um de mão com o outro e todos com a prefeita e muitos com parentes bem empregados.

7. “Mão-dupla defronte o pronto-socorro e ainda por cima com estacionamento nos dois lados da rua. Não funciona e é perigoso. Ainda mais com o crescente número de ambulâncias ali estacionadas.”

* Sem comentários.

8. “O estado dos nossos parques, da ciclovia e das calçadas. Lajeado tem cometido o mesmo erro de Porto Alegre ao dar as costas para o rio e não investir no embelezamento da sua orla.”

* A Ciclovia não foi obra da arena. Foi do mdb, do tempo de Leopoldo Feldens, portanto, dane-se. O Dick é parque porque fica submerso na enchente. Se não ficasse, com certeza, estaria todo construído com prédios horrendos. As calçadas? Cada titular que assume tenta algo de acordo com seu particular senso estético...

9. “Os assaltos diários e cada vez mais ousados.”

* Soldados no ar condicionado e polícia civil desfalcada e sem aparato tecnológico, além do que, sabido que as forças estão sempre de picuinhas.

10. “Colunistas chatos que só sabem criticar. O Mazzarino ao menos conta umas estórias (ou serão histórias?) de loiras, políticos e motéis.”







* Feliz Aniversário a Lajeado que hoje completa 119 anos.



5 comentários:

Anônimo disse...

Quem passa pela BR seja de Poa para Interior ou no sentido inverso , vendo esse monte de edifício , casas , carros girando , e tudo mais que a vista alcança , deve pensar que lajeado é um paraíso de se morar , com bosn empregos , gente calorosa e muito , mas muito progresso de verdade...
Qdo vive seis meses aqui , se lasca e quer se mandar assim que der...
Mas não é só lajeado , todo vale é uma grandessíssima bosta em termos de pessoas e vivências , isso lógico , com raríssimas excessões...
Só aparência , mais nada..Lamentável só se poder pensar assim e ter de aceitar , mas contra fatos não há argumentos...

Anônimo disse...

Aparencias? Escreveu tudo seu anônimo. Deixam de comer bife, vendem o carro, vendem a mãe, tudo para aparecer e fazer festa e arrotar grande.

Luís Galileu G. Tonelli disse...

5. “Sair do Unishopping e ir em direção ao São Cristóvão.Não acredito que nosso setor de trânsito não consiga pensar numa solução melhor do que a atual.”

* Mas não é que pensaram? E pagaram bem caro para pensar. O resultado será conferido a partir do dia 15 de fevereiro.

O trecho acima vinha me fazendo pensar a alguns dias...

Anônimo disse...

O que mais entristece em Lajeado, é a gente ser um sobrenome antes de ser uma pessoa.
É tantas vezes ter de ser anonimamente, porque o vácuo de um sobrenome não permite certa personalidade.

Me endurece tanta culpa cristã e tanta educação alemã, mas de uma forma ou de outra disciplinam e me organizam.

Mas, não há como não gostar da cidade onde cresci. Onde joguei bola no meio da rua...

Não há como não gostar do lugar em que me sinto em casa.

Mas, eu espero (Paulo Freire disse que ter esperanças é um ato revolucionário) que um dia as ruas sejam mais arborizadas. As calçadas mais largas. Os prédios mais preservados. O povo mais autêntico. Que a comida vá além do quilo e da pizza. Que a noite vá além do posto de gasolina.

E eu agradeço a Univates e ao SESC que tantas vezes me fizeram respirar além das frestas desta cidade, trazendo música, teatro, cultura, palestras...

Do povo eu sei pouco, mas para eu viver (sobreviver é muito pouco) eu preciso oxigenar as idéias e dar de comer à alma.

O resto é história que me fez e desfaz: O Aldino, a Véia Papuda, o Hildegard, O Sebaldo, o Tio da Barriga...

Monica disse...

Bem, Lajeado vive o mal do mundo. Em locais pequenos fica mais evidente a hipervalorização da beleza (padrão não estética) e vaidade. Os sobrenomes apesar de falidos ainda acham que significam poder. Poder?! POder de que? de conseguir uma fotografia na Coluna social do Jornal local?! É lamentável mas é a realidade não somente de Lajeado, sou de Estrela, onde estas situações sao ainda mais evidentes. Destroem casa antigas maravilhosas para construirem um predio asqueroso ( mas com duas suites e sacada fechada, fiquem sabendo). Esquecem que emos um rio maravilhoso ( apesar de tudo), arroios que precisam de ajuda. Pessoas que precisam de cultura, de conhecimento. Cada vez mais desejo menos ir para Estrela, mas o que será das nossas cidades do Vale com todos indo-se?