sábado, 30 de janeiro de 2010

INDIGNAÇÃO MILITAR

No post de ontem aqui no blog, chupado da matéria do colega Emílio Rotta, no jornal O Informativo, informava o entra e sai na cadeia da assaltante Tina...

Hoje, na Zero Hora, o tenente-coronel, comandante do 11° Batalhão de Polícia Militar de Porto Alegre, Sérgio Lemos Simões, desabafa diante da ingrata rotina de prender bandidos que acabam soltos em poucos dias ou em questão de hora:
“A sensação que fica é de descrédito nas instituições. Quando tu prendes um delinquente de madrugada, e este delinquente é solto na tarde do mesmo dia, isso gera um descrédito, por parte dos policiais, nas instituições. Quando um cara rouba oito vezes no bairro Petrópolis e é solto oito vezes, não tem polícia que aguente uma coisa dessas.”

* Referência a traficante Luciana Lopes, 26, presa pela quinta vez em menos de um ano. Solta e volta a abastecer o mercado de drogas.

ZH – Isso frustra a tropa de maneira geral?


"Mas é claro, se eu que sou tenente-coronel fico frustrado, tu imaginas o meu soldado. É impressionante, cara, é impressionante. Não defendo que o camarada vá apodrecer na cadeia, não é isso. Não sou um reacionário, um retrógrado, um maluco. Eu defendo que o cara fique segregado. Tu preferes alguém causando dor e sofrimento para a tua família ou preso? Um cara que não sabe fazer outra coisa na vida a não ser roubar e causar sofrimento. Quer que ele fique na rua assaltando a tua mãe, teu pai, teus irmãos? É isso?"

3 comentários:

JORGE LOEFFLER .'. disse...

O soldado não é dele e sim servidor do estado.
Mas o repórter incumbido de levar a cabo esta pauta não fez algumas perguntas que penso necessárias ao bom jornalismo. É comum todos reclamarem que ninguém fica na cadeia. Mas nunca li em alguma destas matérias respostas a algumas perguntas, tais como: o senhor votou em quem para deputado federal e senador? O senhor tem o hábito de trocar email com o seu parlamentar ou mesmo conversar com ele pessoalmente?

Penso que lamentar é muito fácil e extremamente cômodo.

Fritz disse...

Que barbaridade o pensamento deste senhor. Pseudo defensor da democracia, mas que não aceita nem o desabafo do servidor. Ora, mandar e-mail para político. No segundo já se é recusado automáticamente. Vota-se no sujeito e no primeiro aceno, troca de partido, de filosofia, de atitude, de conta bancária e daí até de mulher.

geheimnis disse...

Parabéns Jorge, concordo com o senhor! Medo das palavras que fingem democracia.