CHEGA DE VIOLÊNCIA...

Ontem, o Bonner e a Fatima mostraram na tevê um projeto que deu muito certo na Favela do Coque em Fortaleza: uma orquestra composta por adolescentes. São iniciativas como essas que afastaram os jovens do crime. Isso numa cidade onde existem mais de 620 favelas.

"A música, para mim, é um meio de transformação, porque eu fui transformado através da música", disse o estudante Júlio Carlos Rocha da Silva.

No Morro da Mangueira, no Rio, existe a Casa das Artes que atende 480 jovens...

Você não sentiria orgulho de ver esses projetos na periferia de Lajeado?
Mas com um governo arenista e elitista há tantos anos no poder nunca veremos iniciativas como estas. Pelo contrário... Só muito asfalto cobrindo nossas ruas.

Fontes da prefeitura confirmam que “tudo é feito para crianças e terceira idade e para os adolescentes nada” - e a violência crescente na cidade.

Quando mandei um email para a Secretaria de Cultura e Turismo questionando quais ações estavam previstas nos planos do governo para os bairros mais carentes, não obtive nenhuma resposta, mas um convite para participar de uma reunião que deve ter gerado idéias e ações...
Até agora não houve retorno.

Já o secretário Kayser, da Secretaria da Juventude Esporte e Lazer, respondeu honestamente:

“A SEJEL não tem um orçamento bom, até porque é ainda uma secretaria nova, mas nem por isso deixamos de realizar ações voltadas ao esporte e lazer.

Estamos ampliando as escolinhas com diversas atividades esportivas nos bairros, como por exemplo já em funcionamento no Bairro Morro 25, Santo André, Montanha, Conventos, São Bento, Moinhos, Jardim do Cedro, São Cristóvão e outras parcerias com entidades que repassamos recurso financeiro e em contra partida colocam professores a disposição.

Exemplos:
Bira - dão aula de basquete para crianças.
ALAF - Professor de futebol salão.
Lajeadense - Escolinhas de base juvenil.
Também estamos dentro de 30 dias colocando a disposição oficinas de capoeira, onde iremos selecionar alguns bairros.”

Quanto à cultura, urge descentralizar e criar projetos com apoio da ACIL, CDL e instituições sociais que incentivem os adolescentes a se manifestarem pela música, teatro, criação literária, artes plásticas, folclore e não pelo crime.

Existe um Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que é formado por três mecanismos: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), com verba própria do governo; o Incentivo Fiscal (Mecenato), financiado por empresas; e o Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart). Informações no Ministério da Cultura.

“Lajeado Brilha” no pó, no crack e nas cerca e nos alarmes que nos protegem.
Ninguém fala em prevenção, em subir o morro e ajudar.
Sabe o que acho?
Cidadão alerta passa por perspectivas de futuro aos adolescentes.
Mas com um governo desses que não apoia nem o programa Chega de Violência, não há ânimo que não se termine.