“Na antevéspera do Natal, quando já bimbalhavam os sinos, o presidente Lula ouviu em seu gabinete um tropel distante.
Não eram as renas do bom velhinho.
Era o som metálico dos cascos das montarias de seu ministro da Defesa e dos chefes das Forças Armadas, em marcha batida para emparedar o presidente na mais grave crise militar da República desde 1977, quando o presidente Ernesto Geisel demitiu o então ministro do Exército Sylvio Frota, num gesto implacável e temerário para conter o radicalismo da linha-dura do regime – que no espaço de três meses matou, sob torturas, o jornalista Vladimir Herzog ...
e o operário Manoel Filho no DOI-CODI do II Exército, em São Paulo.
Desta vez ocorre o contrário.
Os comandantes militares é que tentam enquadrar o presidente da República, ameaçando uma demissão coletiva contra o decreto presidencial que cria a Comissão Nacional da Verdade, destinada a investigar violações de direitos humanos e casos de tortura durante a ditadura militar (1964-1985).
Durante duas décadas, um aparato repressivo estimado em 24 mil agentes prendeu por razões políticas cerca de 50 mil brasileiros e torturou algo em torno de 20 mil pessoas – três a cada dia.”
Luiz Cláudio Cunha
Na íntegra: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Tenho uma sugestão para tornar este blog mais imparcial. Escolhi um nome, dos que estão na lista do endereço abaixo. Sugestão: colocar a foto do comerciante Manoel da Silva Dutra, assassinado em 31 de março de 1969 durante um assalto do MR-8 ao Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, 92, na GB/RJ, de onde roubaram a quantia de 45 milhões de cruzeiros. Pesquisando um pouco você até saberá um dos autores, e também não terás dificuldade em obter sua foto.
http://www.fortalweb.com.br/grupoguararapes/msg.asp?msg=212
a imparcialidade é antiga. viva as opiniões!
Postar um comentário