DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

@ “Sempre que posso dou uma olhada no teu blog. Diante do exposto podes ver que dentro do possível acompanho o que escreves. Entre prós e contras na maioria das vezes tenho que concordar com teus posicionamentos. Afinal de contas, a não concordância é uma das regras da democracia e que bom que seja assim.

Vendo o que comentas hoje sobre o ópio da China e a votação do novo Código  Florestal pelos nossos “não tão nobres” representantes, venho sugerir que abordes até que ponto somos iguais, ambientalmente falando. Ou seja, tem muita balela sendo dita, escrita e televisada que nos deixa até certo ponto confusos.

Veja alguns pontos.

1º - não há dúvida de que precisamos tratar com seriedade a questão ambiental que é fundamental para a sobrevivência de qualquer espécie de vida terrena, incluída aqui a humana.

2º - que é preciso ter bom senso ao se tratar do assunto.

3º - que quem agride o meio ambiente deve pagar pelo estrago que causou. Agora, tem estrago que foi feito, que ainda pode ser reparado e que devem ser considerados, outros talvez não e não resta outra alternativa que não seja a punição e quem sabe até cadeia para que aprendam.

4º - vendo alguns casos aqui na nossa região e que não consigo entender:

            a) a uns anos atrás a Fruki precisava de alguns metros para aumentar a área construída e para tanto precisava cortar algumas árvores, o que não se concretizou devido ao “berredo” que surgiu por parte da sociedade.

            b) temos inúmeros relatos de agricultores que foram multados (talvez até com razão) por terem cortado algumas árvores nativas de suas propriedades, outros que foram chamados à justiça pelo fato de terem cortado arbustos que estavam próximo de fontes ou córregos, etc e tal. Foram considerados fora da lei e alguns tem que se apresentar periodicamente na promotoria ou pedir autorização para sair do município.

c) na área urbana de Lajeado elenco dois casos que não consigo entender. O primeiro é da área verde existente próximo do parque do Imigrante, no bairro Alto do Parque, onde morava o saudoso Lauro Matias Muller, que foi loteada e suas árvores simplesmente foram cortadas sem mais nem menos para dar lugar a um loteamento de alto valor. 

O segundo é a área defronte a Univates que sorrateiramente e silenciosamente está sendo desmatada para como a anterior, dar lugar a especulação imobiliária. Verdadeiras áreas de preservação e pulmões verdes dentro de uma região que, a cada dia se torna mais cheia de concreto.

Dizem que estas áreas tem licença ambiental para serem desmatadas. Então vem a pergunta para a qual não encontro resposta:

aqui na cidade dependendo do interesse pode, e na propriedade do agricultor, não? A Fruki não pode, mas as imobiliárias podem?

O conceito de licenciamento ambiental varia conforme o interesse financeiro?

Para o agricultor que não é amigo do rei os rigores da lei?

E para os outros as benesses da mesma lei? 

Quem emite a licença ambiental leva em conta que critérios?

Se pudesses abordar este tema acredito que seria de extrema importância para a sociedade regional, pois segundo a constituição somos iguais perante a lei.”

Autoria preservada

MINHA INTUIÇÃO:

- Não, não somos iguais perante a lei. É hipocrisia isso.
- Não existem critérios. Existe grana e poder.

- Precisa ser amigo da Rainha, do bobo da corte, do decapitador e da babaca-mor.

- Tudo pelo progresso! Lajeado Século XXI!..

- Continue acessando meu blog: as imagens falam por si e os predadores ambientais falam por eles. Posam na missa, mas vão queimar no inferno.