Quando
muita gente se posiciona contra a Usina Hidrelétrica Pai Querê, projeto de construção do governo federal, no rio Pelotas, entre Bom Jesus (RS) e Lages (SC), que deve
alagar mais de 6 mil hectares de Mata Atlântica, em um trecho de 80 km, lembrei que por esses dias, na TV Brasil, vi o doc “O Profeta das Águas”, sobre o líder religioso dos anos 70,
Aparecido Galdino Jacintho.
Lembrou a história de Jacobina; para outros jornalistas,
lembrou Antonio Conselheiro. Galdino pregava
a Justiça, a Fraternidade e a Paz, além de se iludir que conseguiria impedir a
construção da barragem no Rio Paraná, na Ilha Solteira, cidade de Rubinéia, São
Paulo, pelo seu Exército da Paz, que se uniria ao Exército Nacional.
Juntos salvariam as terras dos colonos,
que seriam desapropriados, pq tudo seria inundado pela hidrelétrica.
Galdino também tinha uma história pessoal de abençoar e curar
o povo local das doenças, mal vista pela repressão. Deu muito errado. Aliás, tudo.
O Profeta
foi preso e torturado pelo regime militar junto com seus seguidores e cumpriu
pena num manicômio judiciário.
Direção de Leopoldo Nunes, que acompanhou o profeta de 1986 até 2005.
O filme mostra que, hoje, com 80 anos e dez novos e lindos
filhos, está interessado na formação de uma nova geração e ainda não perde a
oportunidade de profetizar, tendo voz ativa na comunidade onde vive.
Vale a pena assistir.
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