.como convidada,
sentei na sala do arnaldo e fiquei ali ouvindo ele no piano. parecia
frágil, parecia emocionado, parecia uma criança na reclusão de um corpo. não
parecia um rei de si mesmo apesar de tocar as canções que gosta, nem todas as
que gosto. mas eu estava ali porque queria e queria ouvir loki. queria ver um
ex-mutante liberto da tirania profissional das gravadoras, agentes, senhor de
seu destino. foi quase ovacionado por todos que o aplaudiram de pé quando
entrou na sala. o piano, pétalas de flores e o homem. tanta
insolência e genialidade custaram caro. não consegui desafogar a emoção só foi
me chegando uma tristeza, uma tristeza, uma tristeza até chegar em casa duas
horas depois. até acordar no meio da noite e lembrar que calou o piano porque
alguém mandou que assim fizesse antes da vertigem, antes do colapso, antes de.
cê ta pensando que eu sou loki?
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
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7 comentários:
Não!
E Por que pensaria assim?
Se assim pensasse não seria teu leitor.
Mutantes: de longe a banda brasileira mais inovadora da sua época.
Para virar "rei de si mesmo" ou gênio, basta estuprar a mente com maconha, LSD e chá de cogumelo, assim como fez o Arnaldo durante toda década de 70.
Depois que o cérebro virou pudim, se jogue do segundo andar do hospício e vire lenda.
Pronto, é isso.
Para entender um pouco da lokirada que foram os anos setenta, é interessante ler Rebelde entre os Rebeldes, escrito nos anos 80 , por Arnaldo. É lançamento da Rocco, de 2008.
Em termos musicais, guardadas as diferenças de gênero, sou mais o outro Arnaldo, o Antunes, em especial com a releitura de ' De mais ninguém', gravada há muito tempo, por Marina Lima.
Meu dedo deslizou na tela e tocou anônimo no comentário sobre os Arnaldos, o Baptista e o Antunes. Assino agora.
Afinal, por quê que ele não tocou "cê tá pensando..."?
Excelente idéia deste- me. Passo a assinar 'pensando'. Obrigada!
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