Em outubro deste ano, o escritor Javier Marías, autor de "Os
Enamoramentos", recusou o
Premio Nacional de Literatura de Espanha de 20 mil euros concedido pelo MEC da
Espanha. Alias, desde 1995 ele
não aceita prêmios estatais:
"O Estado não tem de dar-me nada para
exercer a minha tarefa de escritor, que escolhi por minha própria
iniciativa", disse ao jornal El
País.
Não aceita nem para doar a
uma instituição: "Seria demagógico. Eles saberão o que fazer com o
dinheiro, podem dá-lo às biblioteca públicas que têm orçamento zero".
Javier Marías é traduzido em mais de 50 países e tem mais de
6 milhões de livros vendidos em todo o mundo. “Os Enamoramentos" f oi
considerado o melhor romance de 2011 por um painel de 57 críticos literários
espanhóis.
O escritor Thomas
Bernhard é outro polemico. Austríaco, detestava
galardões, bem como a cerimônia, a hipocrisia e a arrogância do mundo da
cultura. Disse certa vez
ao receber uma honraria:
“Prêmios em geral não
constituem honra nenhuma. Honra é uma
perversidade, não existe honra no mundo. As pessoa chamam de honra o que é na verdade, infâmia.”
Agora leio que o romance "Debaixo de algum céu", do português
Nuno Camarneiro, é o vencedor do Prémio LeYa. Embolsou 100 mil
euros. Mas é premio de editora.
E assim segue a vida no
mundinho das vis metáforas e metonímias entre tantas vaidades...
A propósito: não li nada de nenhum dos três. E você?
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