Dias atrás andei por Teutônia, cidade da Lagoa da Harmonia,
do Museu Henrique Üebel, dos cantos corais.
Com apoio da colega Graziela Muniz lancei meu livro
“Intrigas da Colônia” na Ótica Lauro.
Um agradecimento especial a Anelise e Eliane que se
superaram convidando para um bate papo os alunos da Escola Estadual Gomes
Freire de Andrade com a profe Aline, assim como várias pessoas da comunidade e
duas jovens escritoras, Dara e Simone.
Sim, uma tarde que valeu cada hora da
quinta-feira. Um obrigado a todos.
E antes que você pensa o que tem a ver livro com ótica,
reflita:
Quem lê enxerga mais longe. Mas com um bom óculos enxerga
melhor ainda.
Aliás, até o que não devia como personagens dos meus contos,
as matraqueiras que sabem da vida de todo mundo e quando não sabem tratam de
recontar com mais tintas e ousadias o que pode ser inverdade.
Por conta desses “óculos de vida”, talvez eu não devesse
relatar nesse espaço o que aconteceu naquela tarde, no bairro Languirú. Talvez.
Não me agüento.
O leitor com certeza já passou por situação similar: quando
gostaria que uma fenda se abrisse aos seus pés sugando-o para dentro. Ou de uma
caverna, onde ali permanecesse até o próximo eclipse lunar. Sim?
Às vezes, por conta de uma gafe. Outras, por conta de um mal
entendido, uma atitude impensável. Acontece. Dizem as conselheiras de traquejo
social, que o melhor a fazer é pedir desculpas e sem delongas trocar de
assunto. Então foi isso.
Enquanto falava sobre os tipos de narradores, a inspiração e
as dificuldades de se lançar no mercado quando ainda escritora regional foi me
dando uma violenta dor de barriga. Ahã.
O braço direito iniciou um processo de arrepio que deu a
volta na cintura. A testa suava. No estomago uma luta entre as vísceras. Foi
quando uma nuvem gelada se apoderou do meu corpo em frente a dezessete alunos
que me encaravam atentamente.
Tentei disfarçar perguntando quem gostava de ler.
Apenas uma
garota. Brinquei. Só falta dizer que gostam de matemática?
Sim, gostavam. Foi a
deixa.
Pedi desculpas, “estou passando mal por conta de uma virose”
e corri para o banheiro.
Ôôôô...
Depois precisava voltar e continuar com nossa
conversação com cara de alívio.
Tem coisas simples e metabólicas na vida que terminam com a
dignidade da gente.
Essa foi uma delas.
Do limão, a limonada: prometi uma crônica contando do
desespero.
Então taí. Abraço, galera!
* Minha cronica nos jornais A Hora, Lajeado e Opinião, de Encantado.
Um comentário:
Pois e , dear blogueira, essas coisas acontecem...alguns dizem que tambem podem ser relacionadas com a idade!!rss,rss,rsss,rssssss...(experiencia propria)
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