sábado, 18 de outubro de 2008

(E) T E R N O

Vivo, completaria 95 anos amanhã, dia 19 de outubro.
Vinícius de Moraes, o poeta popular, o poeta sofisticado do Brasil.

“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo”

Um jeito viniciuosamente de viver:
etílico, amoroso, apaixonado, devastador e errante.

Contemporâneo e amigo dos Andrade: Oswald, Mário e Carlos Drummond. De Manuel Bandeira. Da Mãe Menininha do Gantois. Parceiro do Tom, Toquinho e Chico. Vinicius do cinema, dos versos infantis, da Bahia e de Ipanema. Todos os vícios cabem em Vinícius.
Principalmente o vício do amor.

Samba de Orly, com Chico Buarque e Toquinho,
sempre me engasgou:

Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão
Pede perdão
Pela duração dessa temporada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa
Pede perdão
Pela omissão um tanto forçada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
Se puder me manda
Uma notícia boa

# Quando o lirismo encontra-se em baixa, um cara como ele faz falta...



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