quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SEM PERDÃO?

O coronel reformado do Exército Antonio Erasmo Dias, de 85 anos, morreu nesta segunda-feira vítima de câncer e foi enterrado ontem em Santos (SP).

O militar ficou famoso por sua perseguição aos que lutaram contra a ditadura militar no Brasil. A missão mais polêmica foi a invasão ao campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 22 de setembro de 1977, quando prendeu 900 estudantes.

A Assembléia Legislativa de Sampa chegou a acusar Dias por crime de responsabilidade e abuso de poder, mas não deu em nada, apesar de admitir que mandou “canalha comunista para o túmulo”.

“A massa é amorfa, é inconseqüente.”

Durante sua gestão, o Instituto Médico Legal (IML), braço da Segurança Pública, protagonizou episódios como apresentação dos laudos que atestavam como suicídio a morte do jornalista Vladimir Herzog e a do operário Manoel Fiel Filho, assassinatos após sessão de tortura nos porões do DOI-CODI, do antigo II Exército.

O militar foi fundador da Arena – mesmo partido que está até hoje no poder em Lajeado - e elegeu-se deputado federal, pela primeira vez, quando deixou a Segurança Pública.

Depois no PP (Partido Progressista), foi deputado estadual durante tres mandatos e vereador pela cidade de São Paulo. Tinha muitos seguidores... e continua tendo.


Abandonou a política em 2004, alegando desgosto com o Legislativo.



2 comentários:

geheimnis disse...

na biografia dele não consta nenhuma homenagem da OAB?

geheimnis disse...

e tirei foto com uma roupa linda.