GRANDE SERTÃO: VEREDAS
"Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não. Deus
esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu
acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me
chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser - se
viu - ; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que,
por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito
pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram - era o demo."
Guimarães Rosa
Um comentário:
Com Grande Sertão Veredas aconteceu o mesmo que com Cem Anos de Solidão. Comecei a ler diversas vezes e desisti. O experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo, e o longo labirinto narrativo dispersavam-me.Não sei se reencontrarei Riobaldo e Diadorim.
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