Eleitora de
Estrela e professora, Maria Inês Vier
Wüst, fez uma breve análise do índice de escolarização dos novos PREFEITOS
do Rio Grande do Sul, através do Caderno Especial de Zero Hora " Os
eleitos", que circulou no dia 15 de Outubro, justamente no Dia do Professor...
“Por cima,
contei - desconsiderando os de Ensino
Superior incompleto e completo:
- 113 eleitos
com Ensino Médio (estes estariam empregados - o mínimo que o mercado de
trabalho exige é o Ensino Médio )
- 15
eleitos sem finalizar o Ensino Médio (sem ensino médio -
sem emprego)
- 30
eleitos com Ensino Fundamental completo (sem ensino médio -
sem emprego )
- 51
eleitos sem finalizar o Ensino Fundamental (Um deles só
lê e escreve!!)
Considerando
que o ENCCEJA e o ENEM oferecidos pelo MEC (certificação do ensino
fundamental e ensino médio para aqueles que não tiveram acesso à escolarização)
são exames nacionais, anuais, oferecidos para todos os brasileiros, estes
cidadãos eleitos deveriam ter ,no mínimo, o ensino médio completo.
É oferecido a
esses cidadãos, a escolarização através do ensino regular, da Educação de
Jovens e Adultos e de Exames Nacionais, mas o STE (ou lei eleitoral...ou
constituição... ou...ou...) permite esta afronta à educação.”
O nível de escolaridade dos vereadores de Lajeado:
O nível de escolaridade dos vereadores de Lajeado:
Ens. Fundamental Incompleto: Schefer (2.153 votos)
Ens. Fundamental Completo: Adi Cerutti (860)
Ens. Médio Incompleto: Círio Schneider (961), Elio do Posto
(1.255), Deja (831).
Ens. Médio Completo: Rambo (1.170), Waldir Gisch (1.111),
Lorival (1.012), Delmar Portz (964), Carlos Kayser (916).
Ens. Superior Completo: Knipoff (2.123) Heitor Hoppe (883), Ildo Salvi (872), Eloede
(819), Ranzi (677)
4 comentários:
Não desqualifico análises que começam pelo grau de escolaridade dos candidatos/políticos (eleitos ou não). Mas quando se faz essa leitura, é preciso, sempre, também considerar e incluir no debate dois aspectos:
1) avaliar a capacidade do sujeito é importante, sim. Mas isso não significa se limitar ao (ou focar somente no) grau de instrução formal;
2) porque os que se dizem letrados ficam longe da política? Eis a razão de sobrar mais espaço para os "não-letrados".
É preferível um semi analfabeto limpo e honesto do que um letrado sem moral e ética.....
Em tese até dá para concordar com o segundo cometário, mas qual é a chance de "um semi analfabeto limpo e honesto" não ser enrolado por "um letrado sem moral e ética"?
Na minha opinião para exercer um cargo público não é necessária uma educação formal, aquela cheia de diplomas e certificados, mas é essencial que a pessoa saiba como as coisas funcionam. Se o cidadão chegar a câmara sem saber o que é Lei de diretrizes orçamentárias, plano diretor, fundo participação dos municípios,.. ele poderá fazer pouca coisa além de dar nomes para ruas, mandar trocar lâmpadas queimadas e aprovar verbas para promover torneios de canastra e bocha.
Deveria ser obrigatório uma prova para verificar se os candidatos eleitos sabem o mínimo sobre a sua função. Se ele não souber terá que indicar um assessor qualificado que tenha feito a prova e tenha mostrado passado.
Dessa forma teríamos um ser iletrado, mas consciente da realidade que o cerca, devidamente assessorado por alguém que pode transformar em leis os anseios das pessoas que conduziram esse cidadão até a câmara.
Já teve vereador em Lajeado que queria desobrigar as farmácias de terem um farmacêutico presente sem saber que isso é da esfera federal.
Muito boa a análise, mas lastimável alguns comentários.
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