Em pleno dezembro e o dia de Natal cada vez mais próximo.
Sei porque começaram as festas de amigo-secreto e tem coroas
enfeitando as portas das casas. Graças a Zeus, sempre tenho sorte: adoro meus
presentes. Pena que a gente só tem duas datas para abrir surpresas: no próprio níver
e no níver de Jesus. Obrigada, Je!
Com a chegada do Natal, o Advenire.
Ou seja, a vinda, o nascimento de Cristo. Não do Papai
Noel como muitos acreditam. Precisa explicar as crianças que se canta “Parabéns
a você” para o filho do seu José e dona Maria no dia 25 de dezembro.
“Por que a gente ganha o presente se é ele
quem faz aniversario?”
“Porque Ele é muito
mais legal que todos nós juntos. Mais generoso, mais solidário e menos egoísta,
divide tudo e gosta da gente como a gente é .” – responda, apenas.
Quando deixar de ser criança ela entenderá melhor. Se
entender.
O Advento...
Quatro semanas para simbolizar os quatro mil anos que os
povos da Palestina, que continuam vivendo as turras entre bombas e morteiros,
esperaram pela vinda do Messias.
Desconfio que no resto do mundo ninguém sabia desse
nascimento. Não fosse a estrela-guia os pastores e os magos, que suponho
beduínos do bem, estariam até hoje acomodados nos seus respectivos limites
montanhosos e áridos, à sombra das oliveiras e tendas, com os camelos em trajes
coloridos aguardando turistas.
Caso fosse eu uma chefa de igreja, decretaria jejum,
meditação e silêncio aos fieis até o dia 23 de dezembro. E todos só vestiriam
roxo, cor da penitência. E feito um Getulio decretaria a obrigatoriedade de
férias coletivas durante todo o mês. No dia 24, então se comemoraria a fartura
de comida, sem ostentação, mas muita massa com molho de galinha caipira que eu
adoro. Pra que mais? E se trocaria os presentes, claro.
Não me dêem poder, que eu não me garanto. Viraria ditadora
no dia seguinte.
Por fim, quero lembrar que no próximo dia doze de doze de
dois mil e doze o mundo pode acabar – como rogam as pragas. É que eu li que no
primeiro Domingo do Advento o tema proposto para reflexão foi sobre a segunda
vinda do Jesus e do fim do mundo.
Vai que acontece mesmo, né?
Não esqueçam meu presente antes, por favor.
E se fizerem galinhada, também me convidem.
A vida é isso: nada de exageros e muita simplicidade.
Alias, amigo-secreto? Dez pila.
* minha cronica nos jornais a Hora, Lajeado, e Opinião, Encantado.
** o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro...
Um comentário:
Não posso te convidar para galinhada, pois terias que rodar muitos quilômetros. Se um dia souber que estás na área, mesmo não sendo Natal, já estás convidada. O presente, prometo. Quanto ao fim do mundo, alegremo-nos. Ele não vai acabar. É apenas fim de um ciclo maia. Tudo vai continuar igual, com bondades e maldades. Que 2013 seja só de bondades para todos nós.
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