As rampas do Palácio
* Sebastião Nunes
Deitado de costas o presidente ronca.
Deitada de bruços a senadora sua.
Ajoelhado no tapete o ministro chupa.
De pernas abertas o deputado goza.
O líder do governo propõe uma suruba.
Em regime de urgência o plenário aprova.
Pelo buraco da fechadura o secretário.
Enrolado nas cortinas o mordomo.
A afilhada do prefeito sobe a rampa.
* Sebastião Nunes, 70, poeta, admirado pelos intelectuais Silviano Santiago, Flora Süssekind, Sergio Sant’Anna, Joca Reiners Terron, Millôr Fernandes. Já no prelo, o livro “Sebastião Nunes”, tese de doutorado de Fabrício Marques, UFMG.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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2 comentários:
Lady Laura essa me pareceu ter endereço certo.
Será que tenho razão?
Pergunto, pois não vivo nessa aldeia.
Gostei!
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