Afinal, o Senado aprovou o fim da palmada na bunda dos filhos?
“Na infância dos anos 60, criança que não se comportava, apanhava.
Alguém ainda lembra?
De cinta, de chinelo, de varinha de pitangueira, de correia de máquina de costura, de relho. Até de vassoura. Até de pano de prato. Molhado.
Repetia-se a educação - no lombo – do aprendizado nos anos 40, 50. Um continuísmo.
Psicólogo e psiquiatra era coisa de louco e se o louco pulasse o muro gritando “fim do mundo, fim do mundo” amarravam pra choque.
Tá certo: criança não levava choque. Mas, surras.
E pimenta na língua para não dizer nome feio.
E castigo no quarto escuro e chaveado para aprender a respeitar os mais velhos.
Falar na mesa também não era aconselhável: criança não fala enquanto come. E come de boca fechada! – cutucavam.
Repetia-se a educação - no lombo – do aprendizado nos anos 40, 50. Um continuísmo.
Psicólogo e psiquiatra era coisa de louco e se o louco pulasse o muro gritando “fim do mundo, fim do mundo” amarravam pra choque.
Tá certo: criança não levava choque. Mas, surras.
E pimenta na língua para não dizer nome feio.
E castigo no quarto escuro e chaveado para aprender a respeitar os mais velhos.
Falar na mesa também não era aconselhável: criança não fala enquanto come. E come de boca fechada! – cutucavam.
Tanta repressão até que um dia a revolta se insurgia:
“Eu não pedi pra nascer!” E toma pau. Porque isso era uma ofensa aos ouvidos de Cristo. Uma afronta aos pais que sequer cogitaram o aborto.
Um dia, brigando com meu irmão, embaixo do parreiral na casa de minha avó, em Vera Cruz, escapou um disgranido! Pra que! Ela subiu nas tamancas e me arrastou pela orelha até o quarto: castigo. E meu irmão se esgueirou para a funilaria do Nico, rindo um bem-feito! Desde aí cuido muito bem do uso dessa palavra. Quando, onde e com quem posso afrontar.
Um dia, brigando com meu irmão, embaixo do parreiral na casa de minha avó, em Vera Cruz, escapou um disgranido! Pra que! Ela subiu nas tamancas e me arrastou pela orelha até o quarto: castigo. E meu irmão se esgueirou para a funilaria do Nico, rindo um bem-feito! Desde aí cuido muito bem do uso dessa palavra. Quando, onde e com quem posso afrontar.
Mas, olha só – até avós podiam educar a gente pela força. Se bem que o corretivo não passava das orelhas, de um tranco nos ombros, ou um cascudo na cabeça. Aflição que a gente logo esquecia, pior eram aquelas conversas moralizadoras, de queimar no inferno, de que a sociedade não aceitaria como moça direita por causa de uma simples vai à merda.”
Na íntegra: http://www.regiaodosvales.com.br/noticia/noticia.php?id=30225
2 comentários:
Criança não pode apanhar de adulto , mas professores podem apanhar e serem ameaçados por crianças dentro da sala de aula que tudo certo ...
Que vergonha !
Se a banda continuar tocando desse modo tôsco e sem nexo , nada terá mais conserto logo alí....!
Bom, eu nunca espanquei meu filho, mas já tive de aplicar algumas chineladas lá pelos 3 anos dele. Não passaram de umas poucas palmadas espalhadas em 4 momentos. Hoje em dia começar a contagem: "Um..." Já é o suficiente, mas não o seria se não fossem aquelas palmadas bem colocadas. Acredito que o atual desrespeito de alguns jovens pelas autoridades e leis vem de casa. Ou seja, não respeitam nem o pai e a mãe, respeitarão quem?
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