quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

VANDALISMO VERDE EM SÃO LEOPOLDO

Um plano diretor, que privilegia a construção civil em detrimento da qualidade de vida não é privilégio de Lajeado, mas também na cidade de São Leopoldo, onde a estupidez ambiental parece ser o cartão de visita. Lá também ocorre derrubada de áreas nativas e centenárias. Com a diferença de que os moradores são mais conscientes do que aqui.

A Associação dos Amigos do Morro do Espelho está conclamando os moradores do Bairro Padre Réus a se fazerem presente hoje, quarta-feira, às 18:30, para uma Audiência Pública Ambiental.

O Bosque São Francisco de Assis (atrás dos Bombeiros SL) está prestes a ser derrubado para dar lugar a dois blocos de apartamentos.

Tudo com a permissão da Prefeitura Municipal, da Semmam, com a imprensa "calada" e com um Plano diretor alterado em 2006, na atual legislatura, que tudo permite, avisa Antonio Barcellos.

“Precisamos nos fazer presentes e EXIGIR da PREFEITURA MUNICIPAL a imediata discussão regimental e revisão do PLANO DIRETOR, que privilegia a construção civil em detrimento da qualidade de vida na cidade de São Leopoldo.”

É bom saber que em Concórdia, SC, juiz, promotor e cidadãos se uniram para embargar o mesmo tipo de obra, apesar da derrubada de uma grande área de mata nativa. Agora, as construtoras vão ter que replantar o bosque e em dobro. Vai demorar a crescer, mas, mal ou bem, o impacto, os danos foram amenizados.

Em Lajeado? Uma farra de desrespeito ao meio-ambiente.

Como sempre: oficializada.

3 comentários:

Daniel disse...

Mas é assim que funciona, pode efetuar o corte de nativas em troca de plantio de 15 mudas nativas por uma, monitoradas por 4 anos, e mais, se o mato for estágio avançado só pode cortar 50%, se for médio 70%, as demais permanece no empreendimento, isso de nativas, exóticas não existe legislação.
Se é justo, não sei, mas a lei é essa e assim a cumpra.
Se é oficializada é porque é legal, ou não?

Laura Peixoto disse...

Ed, o robô, me disse que a questão ambiental nunca vai sair de foco por um forte motivo: necessidade de sobrevivência. E os filha da puta - oficiais ou não - que estão detonando tudo nas cidades parece que pouco entendem de sustentabilidade: a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando para as futuras gerações o verde - para não comprometer a sombra, a fauna, o calor desse cu de cidade que beira 40º muitas vezes. Entendeu o ponto de vista, seu “daniel”?

Daniel disse...

No meu conceito não existe sustentabilidade, essa palavra nem deveria existir.
Um exemplo são os veículos elétricos, são menos poluentes, mas como calcular a questão da geração desta energia (hidrelétricas, por exemplo.
Podemos imaginar as coisas um pouco melhore, isso já começa a ocorrer, mas por completo nunca, infelizmente.
Abrs. Um ótimo 2011.