Em homenagem ao Dia do Rock, talvez Ronnie Cord não seja o pai, mas é da gênese roqueira brasileira, idos de 1963... Só depois viriam os Mutantes, a Tropicália, o regime militar....
sexta-feira, 13 de julho de 2012
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Morei na Vila Pompéia, zona oeste, durante mais de vinte anos. Foi lá que vivenciei a melhor época de minha infância, adolescência e de parte de minha juventude. Foi lá também que conheci meu melhor amigo.
Bom, prezados leitores e leitoras, no fim dos anos 50 e início dos anos 60 comecei a ouvir, nas estações de rádio, notícias sobre aquela que se tornaria a mais famosa rua de “Sampa” - Rua Augusta. Comentei sobre essa rua com meu amigo e ele me disse que também tinha ouvido alguma coisa a respeito: “É, precisamos conhecê-la”, ele falou.
E assim foi. Em um sábado à noite, fomos até a Avenida Paulista, de ônibus e descemos no Conjunto Nacional. A Augusta, bem a nossa frente, fervilhava. Ficamos deslumbrados com o movimento. Descemos, a pé, até a Rua Estados Unidos. Transitar pela Augusta naqueles anos era um prazer indescritível. Era a possibilidade de ficar "por dentro" de tudo o que a juventude amava: moda, música, carros, motos e, principalmente, garotas. Ah, as garotas da Augusta: lindas, charmosas, estilosas.
A paquera rolava solta e quem tinha carro ou moto, levava vantagem. Sexta-feira e sábado eram as melhores noites e quem tinha carro ou moto e não ia para a Augusta era um “bolha”, um “mané”, como se rotula atualmente.
Eu e meu amigo Zeca, embora menores de idade na época, pegávamos escondido o jipe que o pai dele usava para trabalhar e íamos para lá. Sucesso total. Enchíamos o veículo de garotas e ficávamos subindo e descendo a Augusta de ponta a ponta. Zeca guiava e eu... Bom, deixa para lá. A Rua Augusta ficou mais conhecida no Brasil a partir da música "Rua Augusta", cantada por Ronnie Cord, o precursor de Roberto Carlos. Enfim, o "point" dos primeiros anos da década de 60 foi a Rua Augusta, onde tudo acontecia.
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