EM TEMPO DE DUPLICAÇÃO

Lamento profundamente que engenheiros e projetistas não sejam mais criativos - ou inteligentes - para permitir a sobrevivência dessas duas arvores, que se enchem de amarelo na primavera, na entrada de Bom Retiro do Sul. Duplicar é preciso, todos querem, mas a que custo? Sem falar no custo de outros "desvios".


Questionada a empresa responsável pela duplicação, o imediato parecer dos  técnicos em meio-ambiente do consórcio Iccila e Conpasul, que analisam o projeto geométrico da interseção de acesso a Bom Retiro:

“Tendo em vista que a legislação e normativas rodoviárias impõe certas condições e características técnicas quando uma rodovia é duplicada, como o caso da BRS386 e que, incluem-se melhorias das interseções e acessos às demais estradas, aplicam-se aí diversas  reconfigurações do eixo das pistas que, neste caso, diretamente, afeta alguns exemplares de vegetação já existente (situados na faixa de domínio do DNIT) e que quando licenciadas e aprovadas pelo órgão competente, neste caso o IBAMA, podem e devem ser suprimidas.

As espécies (exemplares) imunes ao corte são sempre transplantadas em locais previamente aprovados e habilitados, já as espécies não imunes ao corte são apenas compensadas em outros locais de acordo com as afinidades florísticas da região. Assim sendo, as unidades da interseção de acesso a Bom Retiro do Sul serão suprimidas, tendo em vista as melhorias que são obrigatórias em virtude do processo de duplicação da BRS 386.

A Conpasul aproveita para deixar o convite a visitar as áreas de compensação bem como os locais onde estão as árvores transplantadas e georeferenciadas retiradas para duplicação da BRS-386 ao longo do seu trecho. 

Se tiver interesse, entre em contato pelo fone 3712.2033."