sábado, 1 de setembro de 2012

VARAL FERNANDO PESSOA

“Vão breves passando os dias que tenho.
Depois de passarem já não os apanho.”

Um comentário:

Anônimo disse...

cada vez que pago o seguro do carro, da casa e o plano de saúde eu me sinto roubada.
então, para que serve o imposto que eu não consigo sonegar?
agora também pago academia, porque trabalho o dia todo e fazer caminhada pela rua ao anoitecer é perigoso.

o voto é obrigatório, e eu voto com ânsia de vômito.
é complicado anular e mais difícil ainda fazer de conta que acredito.

em época eleitoral cada dia que eu ponho montanhas de "santinhos" no lixo eu me sinto otária ao utilizar as minhas folhas de rascunho ou ao sair antes do banho pensando no nosso futuro ecológico.

sábado sai para caminhar (cedo porque de noite é perigoso), o parque estava poluídos de placas, muita pregadas de forma irregular.
as lixeiras da cidade transbordavam as enganosas propagandas políticas num desperdício de papel que nem tento calcular.
gente que nem imagina o meu sincero desprezo tentava me dar a mão.
até uma criança de menos de cinco anos eu vi plantada na rua pedindo voto feito em papagaio. eu só não chorei porque nada me embrutece tanto quanto hipocrisia eleitoral.

eu abortei a caminhada e voltei atalhando para casa, estafada de tanto abuso.

depois do almoço fui dormir.
acordei em plena tarde de sábado com o telefone de casa tocando (e meu telefone nem está nas listas telefônicas), inacreditavelmente era propaganda política por telefone. gravada. estilo tele-marketing que ninguém mais suporta.

o único ato inteligente (e safado) destes políticos é tentar se eleger para enriquecer ou farrear com os meus impostos.
porque nada pode me parecer mais burro do que pensar que se consegue voto apertando a mão das pessoas no meio rua, mandando tanto lixo para as casas e muito menos estuprando as pessoas por telefone.
(isto que eu nem citei a propaganda eleitoral que para quem escuta é tudo, menos gratuita...)

quando penso em votar para vereador, não esqueço aquele que votou contra o próprio aumento. e deleto todos os outros.
atitude é o que me comove.
desespero é o que me enjoa.
(não posso não lembrar da caminhada das tantas bandeiras brancas num fim de tarde, atravancando ainda mais o trânsito que já é caótico... me fazer lembrar que seus interesses estão sempre a frente do bem-estar da população... sempre.)