sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DIA DE LAVADEIRA

Essa preciso contar pra comadre Sibila...

Não dá pra agüentar tanta estreiteza mental. Não dá! Pelamorzeus não me contem mais nada. Preciso afinar o sangue. Adoçar.

Uma diretora convidou uma escritora para fazer uma abertura de ano letivo - ou coisa que valha na escola. Depois de exaltar mundos e fundos, tudo muito bonito, a escritora perguntou do cachê. Virge... Pra que! A diretora surtou e encheu a escritora de lixo.

Do outro lado da linha, a escritora emudeceu.

O que será que essa gente pensa? Que escritor se alimenta de sílabas e parágrafos? Que as vírgulas e as metáforas pagam as contas no final do mês?

Lembrei da querida poeta Telma e suas intervenções teatrais: não dê comida ao escritor, não alimente o escritor.

Esse povo não se toca mesmo. Vou lá fora vomitar um apóstrofe todinho...

Um comentário:

Anônimo disse...

se fosse para um escritor de fora, se pagava inclusive a passagem aérea.
mas, escritor aqui deve se alimentar de vírgulas e evitar o ponto de interrogação, pois somos o "lajeado leitor".