terça-feira, 3 de julho de 2012

DO MEU BLOQUINHO...


To bem faceira. Nesta sexta-feira, às 9h, estarei na Escola Municipal Edgar da Rosa Cardoso, em Fazenda Vila Nova, conversando com os alunos sobre crônica. 
Podem ir se preparando: vão todos escrever uma. Não conto antes para não aterrorizar. 
Quando a gente fala em escrever,  a galera debanda. Mas eu levo um chicote na mochila e tampinhas de coca-cola antiga, aquelas dentadas, para quem tentar uma  fuga,  ajoelhar em cima. Ahã, esse método não falha. Não posso esquecer de explicar para a gurizada que crônica vem do grego: chrónos. Tempo. Daí para registrar nossos dias  é um passo. Aliás, a crônica remonta dos tempos da Antiguidade. Narravam os acontecimentos históricos. Hoje virou palpitaria sobre relacionamentos, artes, viagens e biriris. A crônica é um registro da maneira de perceber o mundo de cada escritor. Mas como explicar isso para a garotada em tempos de feicibuki também registrando tudo? 
Sim, a crônica é isso: um registro do tempo, do pensamento. Mas no jornal parece que  falamos sozinho diante de milhares de olhos que a gente não vê. Coisa estranha isso.  O maior deles é o Luiz Fernando Veríssimo –  ironia, humor e mordacidade e muiita inteligência. Dos que se foram, Nelson Rodrigues e Millôr? Acho difícil escrever crônica. Tem gente que acha fácil. Sofro, eu. Mordo a língua, travo a caneta...se caneta ainda usasse.

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