Chamava-se Hugo Ferdinand Boss.
Era alemão e beirava os 40
anos quando fundou em Metzingen, na cidadezinha onde nascera, uma pequena loja
de confecções.
Em 1931, desesperado com uma falência batendo a sua porta, ingressou
no Partido Nazista – e aí sua vida mudou.
Tornou-se o fornecedor exclusivo dos
uniformes negros das SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitlerista e de outras
agremiações nazistas. Ganhou
milhões entre 1934 e 1945, e, para dar conta das encomendas, a solução foi
apelar para a mão de obra, compreensivelmente barata, dos prisioneiros de
guerra.
Após a derrota do III Reich, Boss foi levado aos tribunais, pegou penas brandas, mas condenado a indenizar as famílias dos 180 prisioneiros
de guerra (140 franceses e 40 polonês), forçados a trabalhar na sua empresa sem receber nenhum salário.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o empresario alemão foi julgado e obrigado a pagar multas por sua colaboração com o Estado
nacional-socialista.
Acabou morrendo em 1948. Desde então a empresa fundada por
ele começou sua ascensão à fama como uma marca internacionalmente conhecida de
roupas e acessórios de griffe.
A empresa não fez comentários sobre isso,
mas reiterou a afirmação anterior de que não iria fechar os olhos
para o passado, e que o mais correto seria lidar com as questões de forma aberta e franca.
Setenta anos mais tarde, a empresa publicou um comunicado
chefe em seu site pedindo perdão, oferecendo seus "sinceros
arrependimentos em relação àqueles que sofreram lesões durante o trabalho
forçado no negócio de Hugo Ferdinand Boss durante o regime Nacionalista Socialista".
Fonte: http://www.thecuttingedgenews.com
2 comentários:
Pois e ne, interessante como esta Cia. sobreviveu e prosperou desta maneira, tendo sido diretamente ligada ao regime nazista da epoca, considerando-se a phobia anti-nazi apos a segunda guerra mundial.Alguem poderia me dizer que grupo possui hoje o controle acionario desta firma? (So por curiosidade!)
Excelente. Não tinha ideia. A alemanhã, apesar de ter perdido a guerra (...) também prosperou: apropriando-se dos bens dos judeus (ouro, pedras preciosas etc.) e arte dos franceses, que eventualmente negociou como Vaticano e no fim ainda levou a Alemanha Oriental. Por quê? Isso mais parece um prêmio! Abs. Ótima matéria.
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