sexta-feira, 18 de novembro de 2011

REGRAS & REVÉS


A vida é regida por leis, diretrizes e regulamentos.
Bom seria se por horóscopo. Mas não é. Infelizmente.
As leis foram criadas para ordenar o lado B da humanidade. E as diretrizes, o lucro da humanidade como saúde, bem-estar, dignidade e outros penduricalhos que nos permite sobreviver em paz.
E os regulamentos?
Servem para botar ordem na casa: isso aqui é teu, isso é meu; isso pode, isso não pode.
Quem inventou todas essas implicâncias?
As instituições.
As digníssimas instituições que se arvoram de sapiência e bolor. E  que azinhavram com a criatividade, oxidam a originalidade. E mais:  para não deixar nenhuma dúvida sobre quem trucidou com o singular, assina-se uma ata.
Você, leitor, pense o que quiser. Eu escrevo para não me perder da vil consciência.
E porque  participei de um concurso onde havia um regulamento no meio do caminho. A maioria dos participantes cumpriu o regulamento.
Outros, não.
Entre os “outros”, um caldo fecundo que acabou no limbo. Uma pena. Uma injustiça? Sim, mas e os “outros”? Os que cumpriram explicitamente o regulamento?
Repito, leitor, pense o que quiser: concursos nem sempre são justos e pseudônimos, muitas vezes, não servem para nada. Absolutamente, nada. Disfarçam a vaidade.
Nunca me esqueço de um cara que participou de um concurso literário, que envolvia uma  boa premiação em dinheiro: “Armação, guria. Vou ganhar esse premio, porque me dou muito bem com o organizador principal.” Caíram os butiás do bolso.
Vieram os ratos e comeram os butiás... Não sobrou nenhum para botar na cachaça  e meu amigo realmente venceu o concurso.
E eu traguei a cachaça pura sem o encorpado do butiá.

O que aconteceu depois disso?
O inverno secou a paisagem.
O veludo da primavera se arranjou em cores e despistou o frio.
Mas as coisas nunca mais foram as mesmas.
E tudo por conta de leis, diretrizes e malditos regulamentos que as instituições criam e que depois alguns prefeririam ignorar.
Mas não perco a fé nas criaturas.
E gostaria que você também não perdesse.
Escrever é um ato de indulgência, uma remissão dos pecados.
Escrever é como deitar no divã da sala do psicanalista. Porém, mais em conta. E muitas vezes mais singular e real.
E dividindo minha alegria com vocês: fui selecionada para uma coletânea. Tem escritor do Rio, Pernambuco, Sampa, daqui do estado. Somos entre 18 e não havia regulamento nem premiação. Ufa, os editores precisavam apenas gostar do seu texto. E eu não conheço os editores.
Dia  25 de novembro estarei autografando “Crônico!” em Porto Alegre.
Também não conheço os colegas e, para ser bem sincera, nem lembro mais que crônica enviei para a editora... 
afff.

* Minha crônica nos jornais A Hora, de Lajeado e Opinião, de Encantado. 

4 comentários:

Anônimo disse...

Gosto é gosto!

Anônimo disse...

Mas que monte coisas... que confusão!

Anônimo disse...

Não entendi! Coisa de intelectual! só pode!

Anônimo disse...

Laurinha, eu entendi. Entendi tudo. Obrigado.