No início – ou seria no fim? – do Brasil, depois da praia do Hermenegildo e ao lado da Barra do Arroio Chuí, encontra-se o Instituto Balaena e também Museu-Atelier de Hamilton Coelho, artista plástico autodidata, comparado com o polonês Frans Krajcberg, naturalizado brasileiro e que hoje vive no sul da Bahia. Ambos transformam em arte o que a natureza traz até eles seja pelas ondas dos mares, seja pelos dejetos descoberto na terra, na areia. A arte de Coelho promove o equilíbrio natural porque sua matéria–prima vem do relento.
Hamilton Coelho já foi entrevistado pelo Fantástico, pela Veja, Isto é, RBS, para ficar só nesses. Volta e meia, um repórter o descobre e procura para fotos e entrevistas, é quando sai lascando o cognome irritante: artista-ermitão. No entra e sai de seu espaço tão bem integrado, parece que o modus vivendi interessa mais do que o Artista, que a sua obra ecológica, o que acaba afastando Coelho do publico antagônico.
A casa que abriga o acervo do artista tem janelas amplas e espaços surpreendentes, com iluminação natural que exibem obras grandiosas criadas a partir de ossadas de baleias, de pedaços de madeira e velhos galhos de árvores, restos de naufrágios, assim como peças de macramé antigas. Da decomposição dos materiais, uma nova proposta visceral para sua arte.
Hoje obras de Coelho podem ser encontradas em diversas capitais brasileiras, galerias e museus, e em acervos particulares como do empresário Jose Roberto Marinho, da Globo, que também visitou o local.
As paredes do atual Museu que já escutaram os gritos da repressão militar, mas hoje silenciam em nome da paz, é tocado por Malena Mesquita, que abriu as portas...
Não é difícil associar a um ninho de joão-de-barro: uma casa que não sofra as infiltrações tentadoras do urbanismo assinada por Maurício Arezzo tem atraído alunos das faculdades de arquitetura da região.
Por fim, caso um artista queira se hospedar no local para troca de experiências e pesquisas, a proposta Ateliê-residência de Hamilton Coelho recebeu pessoas de 26 países só no verão passado.
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Entre em contato: balaenaaustralis@gmail.com
3 comentários:
Uma das "vantagens"de seguir uma blogueira viajante e saber que , na volta, ela vai "repartir" conosco todas as belezas e delicias de suas "descobertas" mundo afora. Para onde "vamos" na proxima,my frendi?
Adorei!!!só voce para garimpar artistas inusitados e ecológicamente corretos. Muito bom!
Só uma contribuição. O Hamilton Koelho não é auto_de_data. Ele é formado em artes visuais, com especialização em escultura pela Universidade Federal de Pelotas.
https://www.youtube.com/watch?v=KMuNYFZI_K0
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