Edmilson Pilz, 45, nasceu em Venâncio Aires.
Começou sua carreira de jogador de futebol em 1984, no Santa Cruz. Depois passaria pelo Estrela, Lajeadense, Grêmio Santanense, Gloria Vacaria, Guarani de V. Aires, São Luis de Ijuí, Londrina no Paraná.
Há quinze anos, quando ingressou no amador da região, criou as escolinhas de futebol do “Projeto Gool - Educação e Postura Esportiva” no antigo campo da SER São Cristovão e depois no SESI, alem de vários bairros e cidades do Vale do Taquari.
Mas foi na Abaquar, desde abril deste ano, que o trabalho e a dedicação de Edmilson chamam atenção de alguns, quando contratado para criar na ong uma escolinha de futebol.
No início o projeto atraiu 20 a 25 crianças. Hoje cerca de 40 participam ativamente, com treinamento todas as 4ª feiras e sábados, na sede da Abaquar junto ao bairro Santo Antonio, em Lajeado.
Conforme um empresário do setor, “Edmilson tem um jeito muito especial de lidar com as crianças, que precisam de disciplina e alguém para se espelhar.”
OBJETIVOS
O professor Edmilson tem como objetivo não só ensinar a pratica do futebol, mas também os fundamentos como domínio de bola, o passe, deslocamento, chute, cabeceio, disciplina tática, e claro, disciplina social.
“E também um objetivo que se quer incutir: as crianças se preocupando e se ocupando com algo mais alem do colégio, nas horas ociosas, para que sempre se envolvam neste salutar esporte no qual joguei profissionalmente por 10 anos e que envolve muito mais que uma simples partida na tv. Os bastidores do futebol escondem muita disciplina, empenho, organização, e principalmente, lidar com seres humanos... que erram muito, mas também acertam bastante. E isso é uma psicologia natural da vida. Lidar e fazer o melhor possível para ser correto nas decisões.”
APRENDIZADO DE VIDA
“Difíceis não são as crianças. Difícil mesmo é mudar a nossa cabeça, o modo de pensar, de agir, de ensinar. Então tento fazer o mais correto possível, e como dizia a minha avó quando havia algo errado: "Isto não é de lei". Depois completava: "Eu não ensinei teu pai assim". A gente tremia as pernas, já sabia que tinha algo errado. Uso este pensamento quando preciso dizer algo para alguém. Veja a seqüência: minha avó aprendeu com os pais dela e ensinou a meu pai, que me ensinou e que estou repassando para a gurizada.
INTEGRAÇÃO
Os jogos de integração que organizo são para que estas crianças se envolvam desde já na comunidade, para que se sintam importantes e valorizadas. E ao mesmo tempo aprendam também a respeitar, a confraternizar, a saber perder, ganhar e seguir adiante.
Os jogos de integração que organizo são para que estas crianças se envolvam desde já na comunidade, para que se sintam importantes e valorizadas. E ao mesmo tempo aprendam também a respeitar, a confraternizar, a saber perder, ganhar e seguir adiante.
Faço estes jogos geralmente em locais onde estou envolvido. Mas não participo de competições ate os 14, 15 anos, porque já são cobrados como adultos quando são apenas crianças querendo aprender. Os frutos virão ao seu tempo, uns antes e outros talvez bem depois. Basta não desistir.”
ABAQUAR
“Sei que temos alguns casos difíceis no bairro, porem a diretriz da Ong já esta encontrando meios para ajudar a minimizar os problemas. Penso que deveria ter mais atenção na estrutura para os instrutores, para os oficineiros, melhores recursos de trabalho para minimizar situações que surgem de tempos em tempos. Vejo que a Abaquar traz um pouco de esperança para alguns tão carentes de estrutura familiar."
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